
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) faz operação na manhã desta quinta-feira (13) para prender suspeito de ser o mandante da morte do delator do PCC, Antônio Vinicius Gritzbach.
A Folha de S.Paulo apurou que o suspeito é Emílio Carlos Castilho, conhecido como Cigarreira. Ele é um dos citados na delação de Gritzbach. A investigação afirma que ele é ligado ao PCC e é suspeito de ter contratado policiais para assassinar Gritzbach.
Ele é considerado foragido. Porém, a mulher e um filho dele foram levados ao DHPP para prestar esclarecimentos.
Além disso, outros 21 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de participação na morte do delator estão sendo cumpridos.
Ao todo, 116 policiais em 41 viaturas fazem buscas em 20 endereços.
Gritzbach foi morto a tiros no aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 8 de novembro, quando retornava de uma viagem a Alagoas.
Conforme mostram imagens do ataque, ele havia acabado de deixar a área de desembarque do terminal 2 do aeroporto quando homens encapuzados saíram de um Volkswagen Gol preto e atiraram contra o empresário.
Os disparos foram feitos perto do portão, em meio à circulação de outros passageiros. Os atiradores entraram no carro e fugiram.
Na ocasião, cinco policiais militares participavam do trabalho de escolta de Gritzbach. Eles foram contratados de maneira particular pelo empresário, que não tinha segurança oficial.
Desde a data do crime até agora, houve a de 26 envolvidos, sendo 22 policiais civis e militares:
- 17 policiais militares;
- cinco policiais civis, presos na Operação Tacitus por suspeita de envolvimento com o PCC, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva;
- quatro pessoas suspeitas de relação com Kauê do Amaral Coelho, 29, que teria atuado como "olheiro" no dia do crime, que ainda está foragido.
Em 31 de janeiro, a Corregedoria da Polícia Militar indiciou os 17 policiais suspeitos de participar do assassinato de Gritzbach. Todos os 17 PMs já estão presos.
A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira (11) 14 pessoas suspeitas de participação no caso do delator do PCC. Desses, quatro são policiais civis, um deles, o delegado Fábio Baena Martin.
O inquérito foi relatado ao Ministério Público Federal, que deve dar seu parecer nos próximos dias. A PF também enviou representação pela prisão preventiva (sem prazo) de oito dessas pessoas ao juiz do caso. A corporação não detalhou quais os indícios contra eles.