Restos mortais de homem atacado por onça é achado no MS
Redação DM
Publicado em 23 de abril de 2025 às 20:10 | Atualizado há 8 horas
Após a morte de Jorge Ávalos, caseiro de 60 anos atacado por uma onça-pintada em uma propriedade rural de Aquidauana (MS), no último dia 21, autoridades policiais e ambientais do estado sul-mato-grossense realizam buscas pelo animal na região.
Restos mortais da vítima foram encontrados nesta terça-feira (22) próximos à propriedade rural pela Polícia Militar Ambiental. Conforme divulgado por portais de notícias e associações locais de pescadores, além dos policiais, familiares e guias da região encontraram partes do corpo de Jorge próximos de uma toca onde a onça repousava.
Homem foi atacado próximo a um pesqueiro dentro da propriedade onde trabalhava como caseiro da área de pesca. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram marcas de sangue vistas por moradores no local, conhecido como pesqueiro Touro Morto, no Pantanal, às margens do Rio Miranda.
Após a confirmação da morte de Jorge, órgãos estaduais iniciaram buscas pela onça. Em nota, a Secretaria de Comunicação do governo do Mato Grosso do Sul, informou que a Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) designou uma equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental), acompanhada por Gediendson Ribeiro de Araújo, pesquisador da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) e especialista em manejo de onças-pintadas, além de dois guias locais, para encontrar o animal responsável pelo ataque.
Objetivo da equipe é capturar animal e levá-lo à capital do estado, segundo a Secom. Se capturado, ele será levado ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande, onde serão dados os “devidos encaminhamentos”, de acordo com a pasta.
Questionada sobre o motivo da captura da onça, a pasta não respondeu. Informou apenas que “todo processo de busca será monitorado pela PMA e comunicado à sociedade”.
Trabalho de buscas pela onça será “minucioso” e equipe deve enfrentar desafios nas buscas, ainda segundo a Secom. “Em virtude do avistamento de alguns animais da mesma espécie na região haverá um trabalho minucioso para identificar a onça-pintada que supostamente realizou o ataque. Outra situação que deve dificultar as buscas é o volume de chuvas que aumentou os níveis dos rios”, acrescentou.
Associação de pescadores divulgou quarta-feira (23) vídeo que mostra vestígios de onça no mesmo local do ataque à Jorge. “Nessa noite, ela voltou aqui, rasgou a tela e pulou para dentro da peixaria dele (…) ela veio caçar peixe”, diz um morador local que convivia com Jorge.