Cotidiano

Servidores municipais da Saúde entram no segundo dia de greve

Redação

Publicado em 14 de abril de 2015 às 02:22 | Atualizado há 10 anos

Aparecida Andrade Da editoria de Cidades

Servidores da rede municipal de Saúde de Goiânia iniciaram, ontem, uma greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam melhores condições de trabalho, pagamento da data-base com retroatividade, adicional por insalubridade, dentre outros benefícios. Durante a greve todo o serviço que não é considerado urgência e emergência estará suspenso.
Em nota a assessoria jurídica da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que vai tomar todas as medidas cabíveis para provar a ilegalidade da greve e manter o atendimento integral à população. “A SMS ressalta ainda, a todos os trabalhadores, que a população não pode ficar sem atendimento, pois saúde é um serviço essencial e Goiânia vive uma epidemia de dengue”.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde confirmam o registro de quase 29 mil casos de dengue na capital só neste ano. Além disso, duas mortes aconteceram neste período e o órgão considera a situação uma epidemia. O Ministério da Saúde divulgou ontem o último balanço do número de casos de dengue no País que até o final de março teve um aumento de 240,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Conforme os dados da pasta, a Região Centro-Oeste apresenta maior incidência, com 393,3 por 100 mil habitantes (59.855 casos), nos primeiros três meses do ano. Nas palavras da presidente do Sindicato dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves Barbosa “não há impedimento para a greve. Estamos atendendo as urgências e emergências e não há data para a greve acabar. Vai depender da negociação com o prefeito”, declara.
O Sindsaúde argumenta que a Prefeitura de Goiânia não estaria oferecendo as mínimas condições de trabalho e de assistência ao servidor do SUS; “não respeita o Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV); não paga a data-base com a retroatividade e desrespeita a lei federal que determina o pagamento do Piso Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE). A correção do Adicional de Insalubridade; Auxílio-movimentação; Alimentação e o Abono especial também são reivindicações legítimas da categoria” defendem.
Os servidores foram convocados a ir à Câmara Municipal para concentração durante todos os dias de greve. A expectativa é de que sete mil dos cerca de 10 mil servidores municipais da área paralisem os serviços. O Comando de Greve da Saúde, definido na última assembleia, é o responsável por planejar as ações e visitar as unidades orientando colegas e usuários e oferecendo material de apoio.
“Estamos com os ambulatórios todos parados e com a equipe de urgência reduzida, amanhã (hoje) vamos continuar aqui na Câmara pressionando esta casa e o prefeito” diz Flaviana. O atendimento de urgência e emergência está sendo realizado nas Unidades de Pronto Atendimento, Maternidade Dona Iris, Pronto Socorro Wassily Chuc, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e nos centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais).

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