Um processo de âmbito cível contra o Padre Robson, por supostos desvios de dinheiro enquanto presidia a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), teve o arquivamento mantido pelo Supremo Tribunal Federal (STJ), nesta terça-feira, 10.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) havia denunciado o padre por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro oriundo de doação de fiéis.
Durante a sessão, o ministro Alexandre de Morais afirmou que esse arquivamento se refere a ação que o MP-GO ingressou depois que o STJ definiu que o inquérito civil que analisava os supostos desvios deveria ser trancado.
“O inquérito civil analisava questões fáticas, idênticas, mas sob outra ótica, sob a ótica do desvio de dinheiro de fundações. Analisava questões que também tinham sido tratadas no procedimento de inquérito de investigação criminal de 2018. A Afipe na questão civil estava sendo investigada no inquérito civil, para apurar a ‘notícia de que o padre Robson de Oliveira Pereira, diretor da Afipe, estaria utilizando os valores arrecadados da associação em benefício próprio’. Esse era o objeto dentro do âmbito do MP, apurado em inquérito civil”, declarou Alexandre de Morais.
Em entrevista ao G1, o advogado de defesa disse que o padre Robson "não pode ser investigado nem no âmbito cível, nem no criminal, porque nunca cometeu nenhuma irregularidade."