Temos nova moeda: um Barusco vale US$100 milhões, diz ministro do STF
Diário da Manhã
Publicado em 23 de novembro de 2015 às 01:55 | Atualizado há 9 anosSÃO PAULO – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes chamou de “estratosféricos” os valores de corrupção que foram revelados durante a Operação Lava-Jato e comparou o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco à uma moeda. O ministro participou de uma palestra do seminário Grupo de Líderes Empresariais (Lide), nesta segunda-feira, em São Paulo.
— No mensalão, passamos sete meses julgando um processo que envolvia R$ 170 milhões. E estávamos a julgar o maior escândalo de corrupção do Brasil. E agora, surge o petrolão. Os números são estratosféricos quando essa nova moeda, um Barusco corresponde a 100 milhões de dólares, certamente nós temos um outro quadro – disse Mendes.
Ex-gerente executivo da diretoria de Serviços da Petrobras, Barusco firmou acordo de delação premiada e se comprometeu a devolver aos cofres da Petrobras mais de US$ 100 milhões, referentes a recursos desviados da estatal.
Gilmar Mendes fez mais comparações entre a dimensão dos dois escândalos políticos:
— Se fossemos julgar, pela dimensão, o mensalão hoje, ele teria que ser julgado no Juizado de Pequenas Causas — falou.
Segundo o magistrado, na época que o tribunal avaliou o mensalão, aquele era considerado o maior caso de corrupção da história do país. E que, de certa maneira, foi importante para o sucesso da Lava-Jato.