Cotidiano

“Vão me matar”, diz adolescente antes de desaparecer

Isabella Brito

Publicado em 30 de abril de 2021 às 12:13 | Atualizado há 4 anos


“Cadê meu filho? Vão me matar”, disse a adolescente Gisele Vitória Silva Sampaio, de 17 anos, antes de desaparecer em Teresina. De acordo com familiares, a adolescente está desaparecida há mais de 50 dias, ou seja, desde de 8 de março. Ela também havia comunicado por meio mensagem o medo de ser morta.

Enquanto isso, a família de Gisele percebeu mudanças em seu comportamento meses antes de desaparecer. A mãe da vítima, que preferiu não ser identificada, afirma que ela olhava pata todos lados quando saiam. Conforme conta ao G1, ela demonstrava angústia, medo, e revelou sofrer ameaças de morte.

Por outro lado, a familiares de Gisele acreditam que ela foi sequestrada e assassinada.

“Ela dizia ‘estou em uma situação difícil, vão me matar’, mas não dizia quem e nem porquê. A gente não sabe o que aconteceu e nem o que motivou isso. Quando a gente perguntava, ela dizia ‘me deixa’ e não deixava a gente ver o celular dela, que ela usava o tempo todo, sem dizer com quem estava falando”, declarou a família ao G1.

Além disso, quatro outras adolescentes desapareceram ou foram mortas na capital e em Timon (MA). A polícia Civil de Teresina investiga os casos, porém as famílias ainda seguem sem informações sobre as desaparecidas.

Joyce e Maria Eduarda são encontradas mortas

As adolescentes Joyce Ellen (16) e Maria Eduarda (17), foram encontradas mortas após desaparecer, em Timon, no Maranhão, em 21 de março. Elas eram amigas e moravam em bairros próximos, na Zona Norte de Teresina. De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, Joyce e Maria foram obrigadas a cavar as próprias covas antes de serem mortas.

Segundo vídeo que circulou pelas redes sociais, as duas eram interrogadas sobre a “Sereia” [Gisele]. No entanto, o rapaz indicado por elas não foi localizado ou apontado como suspeito do envolvimento das mortes.

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Desaparecimentos

A delegada titular do núcleo de feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, Luana Alves, informa que as investigações ainda não tem relação direta com os casos de desaparecimento.

Para ela, as mortes de Joyce e Maria Eduarda estão sob responsabilidade da Polícia Civil do Maranhão e do Piauí. Além disso, uma mulher foi presa suspeita de comandar as mortes.

“Não podemos afirmar que estão relacionados, mas tudo está sendo investigado. Podemos dizer que as investigações dos casos da morte da Valdirene e da Tatiana já estão mais avançadas. No caso da Valdirene, apuramos que a morte estava relacionada com a participação dela em crimes. Quanto à morte da Tatiana, podemos até chegar à conclusão de um feminicídio, mas não posso afirmar isso por enquanto”, declarou ao G1.

Entretanto, a família informa que o corpo de Gisele foi enterrado próximo ao local que Valdirene foi encontrada morta. Porém ainda não foi localizado pela polícia, e foram chamados para prestar depoimento.


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