Dados divulgados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) apontam um aumento de cerca de 50% nas denúncias de violência em escolas em 2023.
Segundo levantamento do Disque 100, serviço de denúncias do ministério, foram registradas 9.530 ligações relacionadas a incidentes em instituições de ensino de janeiro a setembro deste ano. No mesmo período de 2022, foram 6.300 ocorrências.
O número de violações identificadas também cresceu de forma expressiva, passando de 20.605 para 50.186, alta de 143,5%. As regiões com mais registros foram São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Mais de 1.200 denúncias se referiam a casos de violência contra professores.
Entre as violações denunciadas estão direitos civis, políticos e sociais, discriminação, injúria racial, liberdade, integridade física e psicológica e direito à vida. Crianças e adolescentes, que representam 74% dos casos, e pessoas com deficiência, em 14% das ocorrências, estão entre os grupos mais vulneráveis.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, destacou a importância de proteger professores e garantir um ambiente seguro para a educação. "A sala de aula deve ser um espaço para a construção da cidadania", disse. O principal tipo de violência denunciada é de cunho emocional, envolvendo constrangimento, tortura psicológica, ameaças e bullying.