Tradicionais nas épocas de festas juninas, os fogos de artifício, rojões e bombas - artefatos barulhentos que ajudam a animar os festejos - também são um perigo para os ouvidos e podem causar danos irreversíveis à audição.
Além dos riscos com a manipulação incorreta dos fogos, o som muito forte produzido por alguns deles pode acarretar uma perda auditiva severa, um trauma acústico com perda de audição uni ou bilateral, temporária ou - nos casos mais graves - irreversível.
Geralmente a perda de audição é unilateral (em um único ouvido) e se inicia com o aparecimento imediato de zumbido, problema que afeta cerca de 28 milhões de pessoas em todo o mundo.
A perda auditiva acontece porque o estrondo dos fogos, principalmente dos rojões, é inesperado. O forte ruído, que pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma rápida, atingindo as células da cóclea. Para se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130dB.
Para evitar que o ouvido seja afetado, o ideal é manter-se distante do local da queima de fogos. Em meio a festa, no entanto, se for inevitável ficar próximo aos fogos, use protetores de ouvido.
Estima-se que 10% da população mundial têm algum grau de perda auditiva. O envelhecimento é um fator natural que reduz o limiar auditivo progressivamente. As células do ouvido envelhecem, morrem e não há reposição. Mas, pior do que isso, é a perda de audição que vem ocorrendo, cada vez mais cedo, por causa da exposição contínua a sons elevados, como o dos rojões, por exemplo.