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Richard Kelly: intrigante e sinistro

Richard Kelly é um diretor de cinema norte-americano conhecido principalmente por dirigir o filme Donnie Darko, de 2001. O longa-metragem traz uma gama de atores famosos reunidos em uma narrativa que envolve vários elementos do cinema, como ficção científica, romance, mistério. A produção vem ganhando popularidade desde o seu lançamento, e atualmente é considerado um símbolo da cultura independente dos anos 2000. Além de Donnie Darko, Richard Kelly também dirigiu outros dois filmes: ‘Southland Tales - O Fim do Mundo’, de 2006, que conta a história de uma guerra nuclear no Texas, Estados Unidos e ‘A caixa’, de 2009, um filme sobre mistério, escolhas e ambições.

Poucos filmes conseguiram criar um ambiente tão peculiar e pitoresco como Donnie Darko, fabricado sob medida para uma geração cheia de referências culturais em decorrência da liberdade de pesquisa proporcionada pela internet na entrada do novo século. O elenco impressiona pelos rostos conhecidos:  Jake Gyllenhaal (‘O segredo de Brokeback Mountain), Jena Malone, Drew Barrymore (‘As panteras’), Mary McDonnell, Katharine Ross (‘A primeira noite de um homem’), Patrick Swayze (‘Ghost: do outro lado da vida’) e grande elenco.  O filme ganhou uma sequência em 2009 com o nome ‘S. Darko’, mas diferente de seu predecessor não adquiriu sucesso de crítica.


Recepção


Na página dedicada a Richard Kelly no Filmow, muitos usuários da rede social agradecem ao diretor pela produção de Donnie Darko, ao mesmo tempo que outros acusam-o de ser um diretor de ‘um só filme’ e algumas poucas pessoas mencionam outras de suas obras. Thyago Moreschi compara Kelly à dupla de irmãos que dirigiu a trilogia ‘Matrix’: “Um diretor de uma obra só, assim como os irmãos Wachowski”. André Marinho da Silva relembra o mérito do diretor em unir elementos que atingem o imaginário popular em sua obra: “Esse cara conseguiu criar um mundo todo lógico de Ciência e Ficção utilizando de metáforas geniais e um pseudônimo incrível, deem flores para ele”.

Donnie Darko desenvolve-se sob uma atmosfera sombria nos anos 1980 em uma cidade pequena dividida entre liberais e conservadores. O protagonista é um jovem problemático com nuances de esquizofrenia. Durante uma noite, um coelho gigante salva Donnie da morte, e avisa-o que o mundo irá se acabar dentro de pouco tempo. Tal mundo, Donnie entederá ser sua vida. A partir daí o filme adquire uma textura temporal disforme, e leva-se adiante em meio a certas confusões de encaixe que são explicadas de pouco em pouco, lembrando um pouco o estilo de David Lynch, um dos mestres do surrealismo no cinema. Donnie passa a dividir-se entre realidade e alucinações, passado, presente e futuro.

Para Jonas Couts a complexidade e confusão do filmes fazem parte de sua essência. “O roteiro é elaborado de uma forma que você chegue a conclusão de que o Donnie tem algum tipo de doença assim que o personagem nos é apresentado. O filme é propopositalme complexo e confuso. Porque tem exatamente essa proposta. O Donnie faz algo que parece loucura a principio, de repente você percebe que ele tinha razão em algo”. Jonas admite ainda uma mitologia que guia o espectador: “Acredito que a parte de viajem temporal seja auto explicativo dentro da mitologia do filme. A questão do Frank é a mais complexa”.

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