A Vênus de Milo é uma das estátuas mais famosas do mundo. A obra foi produzida no primeiro século antes de Cristo, e seu autor é desconhecido. Acredita-se que o autor da escultura tenha sido Alexandros de Antioquia. A estátua foi adquirida pelos franceses em 1820, pouco tempo depois de ter sido encontrada por um camponês na ilha de Milo, na Grécia. Encontra-se atualmente em exposição permanente no Museu do L’Ouvre, em paris. Foi encontrada sem os braços, o que contribui para a aura mística que gira em torno de si. Trata-se de um dos trabalhos mais conhecidos da arte grega antiga.
O visual da Vênus que conhecemos hoje diferencia-se bastante do que ela deve ter sido no século primeiro antes de Cristo. A existência de alguns orifícios de fixação denuncia que a escultura da deusa era ornamentada com joias de metal, braçadeira, brincos e tiara. Segundo o "Concise Oxford Dictionary of Art and Artists" é referida como a mais conhecida de todas as estátuas antigas e Gregory Curtis, escrevendo para o "Smithsonian Magazine", a descreveu como a segunda mais famosa obra de arte de todo o mundo, ficando atrás somente da Mona Lisa. É uma das obras que mais possuem releituras e apropriações no mundo das artes, por artistas como Salvador Dali e Magritte.
Segundo a mitologia romana, é a deusa da formosura e do amor. Na mitologia grega corresponde a Afrodite. Vénus era filha do Céu e da Terra. Também se diz que era filha do Mar e que Saturno preparou o seu nascimento, formando-a da espuma das águas. E há ainda quem afirme que era filha de Júpiter e da ninfa Dione, sua concubina. Conta-se que Vénus, logo após o seu nascimento, foi arrebatada para o céu, em grande pompa, pelas deusas Horas, que presidiam às estações, e todos os deuses a acharam tão formosa, que a designaram deusa do amor e cada um deles queria desposá-la.
Representa-se geralmente com Cupido, seu filho, sobre um coche puxado por pombos ou por cisnes.
O paradeiro dos braços da Vênus de Milo, se ainda existem, é um mistério que ninguém conseguiu revelar até hoje. Grande parte da aura que envolve a escultura é formada exatamente pela falta de seus braços, o que da a obra um ar de mistério. A existência de alguns buracos e de fragmentos de metais comprova que os braços da estátua existiram. Georgy Curtis, jornalista, passou dois anos entre Paris e a Ilha de Milo, na Grécia, em busca de informações sobre o que teria acontecido com os braços da Vênus. Ele é autor do livro ‘Sem braços – a história da Vênus de Milo’.
Na obra, ele conta que a estátua já foi encontrada sem os braços e dividida em dois pedaços na altura da cintura. Quem a descobriu foi um camponês da ilha, enquanto fazia escavações em busca de pedaços de mármore que servissem para usar na construção civil. Enquanto isso, os franceses encontravam-se na ilha em busca de objetos de importância histórica. Um marinheiro chamado Oliver Voutier ficou bastante impressionado quando viu a estátua, e acreditando estar diante de um objeto de grande valor histórico, convenceu seu superior, o Marquês de Rivière a comprar a peça.
O preço pago pelos franceses pela escultura, uma das mais famosas do mundo, não passou de meia dúzia de cabras.
Charles François de Riffardeau, o Marquês de Rivière, é conhecido até hoje como o homem que levou a Vênus de Milo para o museu do L’Ouvre. Alguns documentos pesquisados por Curtis sugeriam que os braços da escultura teriam sido arrancados durante uma batalha entre os marinheiros franceses e moradores da Ilha. Georgy descobriu com facilidade que as batalhas não passavam de fantasia, e que na verdade a Vênus não tinha os braços quando foi achada.