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Entrevistamos um vampiro: homem diz ter 480 anos em entrevista para DM

Em um encontro entre os amigos Vlad Thepes e Álvaro Neto, há sete anos, surgiram os vampiros do DF. Muitos deles trabalham durante o dia, sem medo do sol, mas preferem a noite longe das grandes multidões

Em entrevista ao DM, Vlad afirmou ter 480 anos.

Atualmente ele vive nas sombras das noites da capital brasileira.

Segundo Vlad, o principal alimento é o sangue, mas o 'sanguessuga humano' garante: “Somos vampiros do bem e a prova disso é que usamos nossos personagens para buscar o bem. Doamos sangue para aqueles que precisam e assim quebramos esse tabu de que nós somos fanáticos e bagunceiros”.

Vlad mora no Distrito Federal e assusta muitas pessoas com seu estilo, mas garante que é um vampiro do bem

 DM - A filha do lendário Zé do Caixão, Liz Vamp, se reuniu com um grupo adepto ao vampirismo para doar sangue em São Paulo. Vocês fazem essas campanhas aqui no DF também?

 Vlad - Sim, ela criou o Dia dos Vampiros há 13 anos e se tornou inspiração não só para nós, pois muitas pessoas celebram esse dia em todo o mundo. Aqui não é diferente: todo os anos nos reunimos para doar sangue e protestar contra a discriminação e o preconceito e incentivar a diversidade artística. E digo mais: temos que fazer uma campanha paralela a essa, pois os bancos de sangue estão com um estoque bem abaixo do esperado.

DM O vampiro se alimenta de sangue, então como pode vocês serem doadores? Confuso isso, não?

Vlad –  Sim [Sorriu muito antes de responder]. Basicamente nos alimentamos de sangue como os morcegos hematófilos, entretanto para nós alimentarmos temos que cuidar de nossos “fornecedores”, doando sangue e salvando suas vidas. Brincadeira! Somos "vampiros do bem", estamos aqui para ajudar aos outros e a nós mesmos e não queremos nada em troca, pois o respeito e a compreensão nos basta.

DM Segundo a história, o rei ou o Deus dos vampiros é o Drácula.  Em Brasília é assim também?

Vlad –  Bem eu o considero um herói assim como também é na Romênia. Mas para mim é exagero compará-lo com um Deus, pois Deus mesmo só existe um. Entretanto, ele é, sim, uma verdadeira inspiração para nós, e me arrisco a dizer que ele é o primeiro vampiro do mundo.

DM - Ser um vampiro é uma religião ou uma estilo de vida?

Vlad – Não digo que é uma religião e sim um estilo de vida, pois o vampirismo jamais foi uma religião e não há culto a nenhum Deus.  Vivo mais o personagem que a realidade da pessoa por trás do personagem. Tanto é que alonguei meus dentes caninos, uso muitos trajes da era vitoriana. Gosto de lugares sombrios, escuros onde as músicas me agradam.

 DM – Vocês gostam de música sertaneja, pagode, forró, funk ou não?

Vlad -  Não mesmo [sorri novamente], na verdade odiamos esse tipo de poluição sonora. Eu pessoalmente gosto de bandas como Epica, Lacrimosa, Rammstein, Blutengel e muita música clássica, góticas e algumas trance, IBM e pós-punk.

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