Por décadas Aparecida de Goiânia sofreu com surtos de parcelamentos feitos de forma desordenada, em regiões sem o mínimo de infraestrutura urbana, em áreas não contínuas, e sem critérios que levassem a cidade a um desenvolvimento ordenado. Como consequência disso ficaram os chamados vazios urbanos, que são grandes áreas ociosas que existem devido a ausência de ocupação funcional ou de interesse.
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De acordo com a diretora de gestão do Plano Diretor da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplam), Janaína de Holanda, a partir de 2007, para resolver o problema dos vazios urbanos, essas áreas passaram a ser ocupadas por polos industriais, graças a políticas públicas que levaram infraestrutura, principalmente de mobilidade, gerando assim uma conectividade entre os bairros. Por consequência, vieram também os empreendimentos residenciais.
“Aparecida de Goiânia tinha um passivo de áreas muito grande. Houve então um forte investimento, nas proximidades desses enormes terrenos ociosos, em pavimentação, saneamento, iluminação pública, em equipamentos comunitários, como escolas, creches, unidades básicas de saúde. Essas áreas gigantescas, que chegavam a ter mais de 300 lotes pertencentes a um só dono, não cumpriam sua função social, que é a de abrigar moradias ou empresas que gerassem empregos e arrecadação para a cidade”, explica Janaína Holanda.
Segundo a diretora da Seplam, com essa mudança de paradigma, as empresas, o corpo político e a própria população começaram a perceber que havia um projeto sério para a cidade e passaram a ter mais confiança e investir na cidade.
De acordo com José Humberto Carvalho, diretor da URBS RT Lançamentos Imobiliários, empresa que trabalha com muitos empreendimentos em Aparecida, nos últimos anos a cidade também adotou uma política pública mais rápida e desburocratizada em relação à liberação de empreendimentos.
“Acho que isso ocorreu justamente para que a cidade ocupasse esses vazios urbanos com construções que trouxessem desenvolvimento para a cidade”, avalia José Humberto.