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Renato Dias
Anunciada no Palácio das Esmeraldas, a liberação de R$ 30 milhões para o pagamento do Fundo de Cultura do Estado de Goiás é a principal marca da gestão de Edival Lourenço. Poeta, cronista e romancista que ocupa até o dia 29 de novembro de 2019 a Secretaria de Estado da Cultura. A ressurreição da Pasta, até então extinta, possui também a sua impressão digital.
Alfabetizado apenas aos 12 anos de idade, em Iporá. Registro histórico: com um incentivo de um caixeiro viajante. Um velho vendedor do tradicional, à época, ‘Biotônico Fontoura’. Não custa lembrar: produto que incluía, em seus ingredientes, gotas de cachaça. A história foi revelada com exclusividade pelo DM Revista. O caderno de cultura do jornal Diário da Manhã.
Morte trágica do pai
Depois de deixar a roça, com a morte trágica do seu pai, um homem duro nutrido de ternura, plantou, colheu e vendeu feijão. O que lhe permitiu adquirir o enxoval educacional. Como era classificado o pacote de uniformes, meias, sapatos, livros e cadernos. Para a escola. Anos de miséria social. De esforço e luta para sobreviver. A leitura, o caminho. As letras lhe salvaram.
Com a mudança para Goiânia, a capital fundada por Pedro Ludovico Teixeira, em 1933, fundada na arquitetura inspirada na Art Déco, de Paris, França, no Velho Mundo, por Attílio Correia Lima, Edival Lourenço concluiu os estudos. Fundamental e Médio. Ele ingressou no Curso de Direito, em Marketing, especializações na área de Direito e Justiça e iniciou ainda Jornalismo.
Prosa e poesia
Aprovado em concurso público, virou funcionário efetivo. Da Caixa Econômica Federal. A CEF. O que provocou a sua mobilidade social. O gestor público enveredou-se pelos caminhos da literatura. Tanto na prosa quanto na poesia. Mais: estabeleceu laços com o iconoclasta Pio Vargas. Poeta que provocava, detestava, com a mesma intensidade & voltagem, seus ‘cri-críticos’
Assim como com o poeta moderno, multifacetado, maior especialista do Centro-Oeste em redes sociais, Carlos Willian. Inventivo, com raro talento, maior escritor vivo do Centro-Oeste do Brasil, País de dimensões continentais, Edival Lourenço ganhou a Bolsa Literária Hugo de Carvalho Ramos. O escritor faturou o Prêmio Jabuti. No ano de 2012. Goiânia sorriu e chorou.
Multifacetado
Membro do Conselho de Cultura, diplomata das artes, dos espetáculos, da cultura, constituiu-se na voz dos artistas e intelectuais com o poder público. O artista teve, no passado não tão distante, tempos de uma produção estética irreverente, descolada e erótica. Com qualidades multifacetadas em seus textos como cronista, poeta, romancista e gestor da cultura de Goiás.
- Até breve!
