Uma alternativa para conhecer mais sobre o período da ditadura no Brasil é o documentário "Vlado: 30 Anos Depois". Ter acesso à essa produção, além de ser uma forma de conhecer mais sobre a história do país, pode ser uma dica do que assistir enquanto o internauta está em casa. O isolamento social foi uma das recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter o avanço do novo coronavírus.
O filme foi produzido em 2005 tem direção e roteiro de João Batista de Andrade, produção executiva e direção de produção de Ariane Porto e direção de fotografia de Fabiano Pierri. As empresas produtoras são a Oeste Filmes Brasileiros e Tao Produções Artísticas.
O diretor João Batista de Andrade, era amigo de Vladimir Herzog. O documentário surge como uma forma de homenagem à sua memória. A obra mostra depoimentos, a maioria de jornalistas, explicando como foi esse período.
Herzog foi assassinado em 1975 pela ditadura. De acordo com os depoimentos Vlado era um jornalista que pautava e escrevia bem, era ligado à cultura e à liberdade. Tinha muitos amigos e um ótimo currículo, com experiência na BBC em Londres. Se tornou um símbolo de resistência do jornalismo.
Acusado de ser comunista e agente da KGB, se apresentou voluntariamente para dar esclarecimentos. No sistema repressivo ligado ao Segundo Exército, o Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), foi torturado e assassinado. Forjaram um suicídio com um cinto, mostrado numa foto que ficou muito conhecida, onde o jornalista aparece de joelhos.
O documentário que está disponível no YouTube, no canal do Instituto Vladimir Herzog, é uma forma de mostrar através do assassinato de Herzog, a relação da ditadura com a imprensa.