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‘Marias’ traz à tona dilemas emocionais e conflitos interiores das mulheres

Nascidos de gestação indesejável e dolorosa de intermináveis 22 dias, os poemas que compõem “Mária”, da escritora Edna Santos, são escritos por mulheres imaginárias, para ser lido por mulheres e também por homens sedentos por conhecer a alma feminina.

Por meio de diversos poemas, "Marias", convém utilizar o plural para se referir a ela, trazem à tona dilemas emocionais e conflitos interiores relacionados à frigidez sexual, TPM, menopausa, relacionamentos à margem dos padrões sociais, maternidade, traição, múltipla jornada de trabalho, depressão, vícios, velhice, solidão, decepções.

“Marias” não é um livro de feminista radical, mas sim de mulheres femininas que se desdobram para se fazer ouvir numa sociedade onde muitos resistem ainda em abandonar o machismo e em pleno século 21 seguem patrocinando o feminicídio, como se donos fossem de suas companheiras.

Os seus poemas soam como gritos de alerta do sexo feminino e por si, chamam à reflexão sobre a sobrecarga de etiquetas comportamentais, emocionais e psicológicas imposta à mulher, convenientemente esquecendo que ela desempenha papel preponderante nas direções tomadas pela humanidade, e sempre foi assim, desde os primórdios.

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