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Rariana Pinheiro
Tendo em vista as duas edições do Big Brother Brasil, o famoso BBB, com participações de nomes como Juliete, Gil do Vigor, Manu Gavassi e, inclusive, a famigerada Karol Conká, nesse ano a conversa é outra. Dizem que o BBB 22, na linguagem da internet, “flopou”. O termo, que vem do inglês, “flop”, significa deixar algo cair. Porém, nas redes significa “falhar”, “fracassar”, sobretudo quando se tem muito expectativas. Apesar das críticas, a audiência vai muito, bem obrigada!
A eliminação de Jade Picon, na última terça, 8, rendeu ao reality a maior audiência da TV aberta este ano. Tem-se comentado que o BBB é um sucesso de audiência e ao mesmo tempo um curioso fracasso de crítica. Pensando em agradar também os comentários na web, a produção tem tentado uma série de estratégias, como casa de vidro, em que entraram os participantes Gustavo e Larissa, que deram certa movimentação ao jogo.
No entanto, uma das últimas iniciativas que prometiam trazer entusiasmo ao público não deu muito certo. Como o elenco andava desconfiado de que o paredão de Jade era falso, o diretor do programa, Boninho, resolveu fazer uma pegadinha: Ana Clara se vestiu de dummie para tentar se passar pela participante, porém adivinhem: flopou e os participantes descobriram logo no início a brincadeira. Nesta BBB, nem isso cola...
Os participantes se tornaram mais apáticos em relação às outras últimas duas edições, com medo de serem cancelados nas redes sociais. Ser cancelado é perder seguidores, ao invés de ganhar. Ser vítima de comentários negativos e perder diversas oportunidades.
Foi isso o que aconteceu com Karol Conká, a maior cancelada de todas as edições. Seu temperamento foi considerado agressivo. Na casa, era peça-chave do grupo chamado “gabinete do ódio”, ao lado de Nego Di, Lumena e Projota. Saiu com 99,17% dos votos. Fora da casa, sua equipe e a própria Globo investiram forte na recuperação da imagem, com direito a documentário na Globoplay. Hoje, sua carreira mostra sinais de vida.
Fora da casa
Além da conduta dentro da casa, conta muito no sucesso de um BBB o gerenciamento das redes sociais do confinado. Um dos casos mais famosos de um posicionamento bem-sucedido, na internet, foi o da vencedora da última edição do programa, Juliette Freire. Antes de entrar no reality, ele tinha pouco mais de 4 mil seguidores, ainda durante o programa ultrapassou a participante que tinha mais seguidores, Viih Tube, passando de 19 milhões de seguidores. Hoje contabiliza mais de 33 milhões e é considerada a participante mais lucrativa de todas as edições.
Seguindo o exemplo da paraibana, saiu na coluna do jornalista especializado em fofoca Léo Dias que a última eliminada Jade Picon havia contratado grande parte dos publicitários responsáveis pela estratégia digital de Juliette para cuidar de suas redes. O investimento teria sido de cerca de R$ 45 mil.
Porém a estratégia dessa vez não foi tão certeira e o irmão da influenciadora, Léo Picon, chegou a questionar o posicionamento divertido que brincava com o apelido Jade Piton, comparando a participante com a espécie de cobra. Ao final, a sister acabou saindo com mais de 80% de rejeição, e não houve prejuízo no numero de seguidores: entrou com mais de 13 milhões e hoje tem 18,8 milhões.
Ainda sobre o assunto Jade, vale ressaltar a imprevisibilidade do jogo. A influencer, de 21 anos, que já é uma empresária de sucesso, e como a própria disse “conseguiu a independência financeira aos 13 anos”, investiu no programa para se tornar conhecida do grande público, acabou sendo cancelado.
Com a saída de Jade do jogo, quem também ficou, digamos, perdida em meio ao reality foi a médica goiana Laís Caldas. Aliada de primeira hora da influencer e inimiga de Arthur, bastou a amiga na casa ser eliminada para Laís ir falar com o ator em missão de paz, dizendo que imaginava ser ele um bom pai e que tinha uma linda família. Laís tenta, na verdade, ganhar algum protagonismo após ficar em segundo plano no quarto lollipop, formado – além dela – por Eliezer, Eslovênia e Viny. Foi o quarto que mais perdeu membros até o momento.
Já Arthur Aguiar, ator que atuou em diversas novelas, foi um escândalo na vida pessoal e tem dado o que falar mais recentemente nos sites de fofoca. Casado com a coach fitness Mayra Cardi, ele teve traições expostas e assumiu a infidelidade.
16 vezes
Ele teria traído a mulher 16 vezes! Porém, caiu nas graças do público e é o favorito desta edição. A popularidade veio em decorrência da perseguição desproporcional de Jade, que o colocou no paredão por duas vezes. O público também se rendeu quando, acostumado a vida de dietas, ele se deleitou em comer pão e doces, para desespero da mulher que se pronunciou nas redes sociais.
Mas uma das maiores discussões dessa edição envolve a transfobia. Linn da Quebrada, que até tem o pronome “ela” tatuado na testa, avisou dentro da casa do BBB 22 que queria ser tratada pelo pronome feminino. Porém, diversos participantes a trataram pelo pronome masculino, de forma recorrente.
“Linna, você tem o pronome 'ela' tatuado acima da sobrancelha. Queria saber como as pessoas devem tratar você", perguntou o apresentador. A cantora respondeu: "Eu fiz essa tatuagem por causa da minha mãe. Pois no começo da minha transição, ela ainda errava. E tatuei na testa para ela não errar. Na dúvida, leiam, pois quero ser tratada pelo pronome feminino”, afirmou o apresentador Tadeu Schmidt. (R.P)
