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‘Black Myth: Wukong’ chega com moral e alerta chinês

Jogo que chega nesta terça, 20, foi aguardado por comunidade gamer com entusiasmo. Pode ser uma arma escondida da China

Produto entra para valer no mercado, mas indústria chinesa não tem tradição - Foto: Divulgação Produto entra para valer no mercado, mas indústria chinesa não tem tradição - Foto: Divulgação

A indústria de games é a mais demorada para conseguir seus intentos. E a demora tem um motivo: é caro e difícil criar jogos. São modelagens em 3D complexas, páginas e páginas de códigos e operacionalização dificultosa nas máquinas de produção. Há cinco anos viralizaram cenas de um game chinês - o jogo do 'macaco'. Falava-se com cautela sobre o suposto jogo. Era tudo muito incrível. Produzido na China, pode ser a porta de entrada definitiva do país dentre os maiores criadores de jogos.

Impressionaram as imagens realistas. E chamaram atenção a suposta jogabilidade, em que o protagonista administrava uma vara com as mãos.

Agora, anos depois, eis que é chegada a hora de "Black Myth: Wukong" entrar para valer no mercado.

Criado pela novata Game Science, indústria chinesa sem tradição em jogos, o game chega via Sony com potencial para ser jogo do ano - talvez menos, uma vez que até agora não se impõe neste sentido.

O DM não usufruiu o game final, mas apenas a demo divulgada em 2023. Mas o que se viu até agora o coloca com potencial para nota 8,5 a 9,5 nas avaliações gerais.

Criado na Unreal 4 e depois migrado para o Unreal 5 - motor de jogo que serve a qualquer humano disposto a criar videogames -, o Black Myth: Wukong é mais suave e menos difícil do que um souslike - jogos com chefes fortes e que faz o jogador voltar ao começo. Mas mais pesado que todos. Daí a necessidade de buscar saber se seu computador e sua placa de vídeo conseguem funcioná-lo - aliás as primeiras críticas apontam tais erros e bugs como desagradáveis.

O que é o game

Trata-se de um jogo de ação e RPG inspirado em um popular conto chinês, o "Jornada ao Oeste" (西遊記). O personagem Sun Wukong [ "Rei Macaco"] é a figura central na história original.

O player apresenta habilidades para se transformar em diferentes formas, manipular o clima e controlar o bastão mágico. Demônios, espíritos e entidades lendárias chinesas surgem a todo momento.

Wukong tem duas jornadas: dele próprio para crescer. E destes inimigos, que geram a jogabilidade. O título "Black Myth: Wukong" simboliza uma abordagem sombria da narrativa clássica. Por isso o "black" no título. É a crônica para a nova geração.

Como o game foi distribuído para parte da imprensa e jogadores antecipadamente, a empresa responsável, segundo alguns resenhistas, tem pedido para que se evitem nas discussões abordagens políticas, debates sobre o sistema político chinês ( afinal é uma ditadura) e polêmicas como "propaganda feminista". Se for verdade, eis um tiro no pé: nada mais livre do que se falar o que pensa na nova era.

BLACK MYTH: WUKONG

Preço: R$ 299

Game Science

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