Em pesquisa realizada pela Nielsen Book do Brasil e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), registra o início do ano de 2023 com um faturamento superior alcançando 1,95%, apesar do crescimento em vendas analisado pela SNEL, há o comparativo em vendas entre lojas físicas e lojas on-line, uma pesquisa feita, também pela SNEL, no início de 2022, mostra que as vendas por e-commerce ocupam um terço das vendas em lojas físicas. Apesar da facilidade ofertada pelos cliques, essa modalidade estabelece o afastamento entre consumidor e vendedor de livros.
Renato Barbosa Lima, 37, trabalha como vendedor de livros há 10 anos em uma livraria no interior do Tocantins, ressalta que a paixão por livros se estende ao ambiente da livraria, ao cheiro dos livros e o contato com as estantes cheias, experiência não proporcionada no e-commerce. Feiras de livros, promoções, eventos de lançamento e a divulgação, principalmente em redes sociais, são estratégias usadas para atrair os consumidores, além do atendimento personalizado, como explica Renato "entender a necessidade do cliente de acordo com a idade e gostos", por ser leitor e manter-se atualizado no universo literário, o profissional consegue se colocar como ponte entre o consumidor e o objeto de consumo, os livros.
Leitor assíduo e consumidor, Hernandes Alves da Costa, 34, conta que consome por e-commerce também, porém, nada substitui o contato direto com os livros na livraria, nem a troca de experiência que um profissional na venda de livros pode oferecer, dado ao conhecimento na área.
Os livros como conhecemos hoje, costurados e com capas, existem há mais ou menos 2 mil anos, porém, com o avanço da tecnologia e a praticidade da sociedade atual, as obras literárias passaram por adaptações, e hoje, o formato digital é bem quisto pelos leitores. Mariana Reis, 36, autora do livro JARDIM DE POESIA conta que “os livros virtuais, é uma via de mão dupla, auxilia tanto na democratização da leitura como da publicação. Porque antigamente para ser um autor, o custo era muito maior. A possibilidade de publicar em formato de e-book, além dele baratear o custo, ele também desburocratiza, pois, o autor pode fazer todo o processo (de publicação) desde a revisão, a criação da capa, tudo de forma autónoma e ele tem contato direto com o distribuidor do livro. É vantajoso para o leitor, que por ser mais barato, possibilitando a compra e acesso de mais livros, e facilita também o transporte das obras em dispositivos eletrônicos pequenos e leves”.
A democratização da leitura é benéfica para a sociedade, tanto o livro físico como o livro digital, oferecem vantagens no consumo.