Dia do Sertanejo
Giovana Batista
Publicado em 3 de maio de 2021 às 11:48 | Atualizado há 4 anos
O dia do Sertanejo começou a ser comemorado a partir de 1960
com o intuito de homenagear os vários violeiros do sertão que frequentam as
missas na cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo.
O dia 3 de maio homenageia toda a tradição e, principalmente, a música de origem sertaneja. A musicalidade sertaneja é uma das características mais marcantes desta cultura. Este ritmo exalta a vida do homem no campo e nas cidades interioranas do país.
Assim, foi criado o “Show Sertanejo” no dia 3 de maio de
1964, quando o “Marechal da Música Sertaneja”, Geraldo Meireles, propôs que
todos os sertanejos passassem a se encontrar anualmente em Aparecida nesta
data, para celebrar a música sertaneja.
Antes conhecida como “música caipira”, o sertanejo surgiu a partir da década de 1910 por compositores em sua maioria de zonas rurais e do sertão. Por conta disso, a palavra “sertanejo” vem do “sertão”, ou seja, região afastada dos grandes centros urbanos. Nessa época esse tipo de música era mais comum neste tipo de localidade, não fazia muito sucesso nas zonas urbanas.
O sertanejo foi influenciado por diferentes movimentos
musicais como: emboladas, fado português e modas. E tem como principal
instrumento a “viola caipira”, que ainda é muito conhecida nos dias atuais.
Porém com a evolução, outros ritmos foram incorporados no sertanejo.
Em 1970 inicia uma fase onde o sertanejo começa a incorporar
a seu estilo outros ritmos musicais. Um exemplo disso é o cantor Tião Carneiro,
que misturava o samba. Ainda nos anos 70 surgiu uma dupla que ainda é muito
conhecida nos dias atuais: Milionário e José Rico, que ganhou o título de
“País do Sertanejo Moderno”, pois eles investiram em outros instrumentos
como violinos e trompetes.
De 1970 até 2000 o sertanejo entra no ritmo que conhecemos
atualmente. Aqui os músicos brasileiros já eram bombardeados por influências de
canções norte-americanas. Consequentemente surgiram vários outros cantores e
duplas, das quais mesclavam ritmos e também incluirão outros instrumentos
musicais como a guitarra elétrica, que foi inserida para deixar o ritmo mais
“jovem”, como disse a dupla Léo Canhoto e Robertinho.
A modernização do sertanejo levou o estilo a outro patamar.
O ritmo agradou mais e ficou mais receptivo para as rádios FM. Mas só foi nos
anos 80 que o gênero alcançou seu auge com as letras românticas.
Os percursores dessa nova fase do sertanejo romântico foram:
Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, João mineiro
e Marciano, Rick e Renner, João Paulo e Daniel, além de artista solo, como a
diva do vozeirão Roberta Miranda.