IHGG celebra jornalista Batista Custódio em lançamento de livro
Rariana Pinheiro
Publicado em 3 de maio de 2024 às 22:24 | Atualizado há 4 meses
O Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), uma das instituições culturais mais antigas do estado, promoveu nesta quinta-feira, 3, uma manhã cultural, que reuniu intelectuais, artistas e autoridades. No espaço, foi lançada a obra “Goiânia 90 anos” e também aconteceram homenagens ao fundador dos jornais Diário da Manha e “Cinco de Março”, Batista Custódio. O presidente do Diário da Manhã e filho de Custódio, Júlio Nasser, também foi diplomado na solenidade.
O livro “Goiânia 90 anos” foi organizado pelos pesquisadores Eliézer Cardoso de Oliveira, Jales Mendonça, Nasr Fayad Chaul e Nilson Jaime e conta com a participação de 17 autores de artigos que fazem uma reflexão sobre a identidade cultural da metrópole.
A sessão foi coordenada pelo presidente do IHGG, Jales Guedes Coelho Mendonça, e aconteceu com auditório do instituto lotado com diversos representantes de associações ligadas à literatura, arte e imprensa, além de autoridades.
“Goiânia 90 anos” foi organizado pelos pesquisadores Eliézer Cardoso de Oliveira, Jales Mendonça, Nasr Fayad Chaul e Nilson Jaime.
Batista Custódio foi representado pela viúva Marli de Almeida e Júlio Nasser, que não pôde comparecer, por seu irmão, o jornalista e engenheiro de software Artur da Paz. Ele discursou em nome da família e destacou o significado da homenagem, que mantém viva a lembrança de Batista e de seu legado.
“Meu pai era defensor da história e da memória, a ponto de ficar triste de não haver essa valorização. Eu acho que ele gostaria muito de ver esse momento de crescimento do IHGG. Poucas coisas são mais importantes para a história do que é memória, que é alma de um povo e alma nunca morre”, argumentou Arthur, em trechos de seu discurso na solenidade.
Durante o evento, o jornalista recordou ainda que o pai foi lembrado com muito carinho e respeito pelos presentes, principalmente pelo historiador Nilson Jaime (presidente do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis, que foi colaborador do DM) e pelo Jales Mendonça.
“Foi lembrado, por exemplo, a premiação que o DM recebeu na década de 1980 da Academia Brasileira de Letras como o terceiro melhor jornal do país”, ressalta Arthur.
Auditório lotado: sociedade acompanhou homenagem a ícone do jornalismo.
O jornalista destacou ainda o fortalecimento do Instituto e a gestão atual. “Jales Guedes reformulou o IHGG, fez parceria com empresas privadas, como com o Sicoob, que trouxe mais investimentos, reformulou a Casa Rosa. E acervo do DM entra neste momento de crescimento e se transformou no melhor lugar para se consultar sobre a memória e história de Goiás”, explica.
DM doa grande acervo a IHGG
Além de reconhecer os esforços dos jornais na preservação da memória local, a solenidade aconteceu também em agradecimento pela doação de grande parte do acervo do Diário da Manhã e do “Cinco de Marco”, ao IHGG.
A doação foi combinada ainda em vida pelo Batista Custódio, que morreu em novembro do ano passado, aos 88 anos. Já o processo de entrega deste expressivo material foi feito com a intermediação do presidente da Associação Goiana de Imprensa (AGI), jornalista Valterli Leite Guedes, amigo de longa data de Custódio, que trabalhou em seus veículos e o apoiou em seu trabalho jornalístico.
Jales Mendonça,. presidente do IHGG: memória a Batista.
O acervo, além das matérias de doação do acervo fotográfico desses jornais, com mais de 100 mil fotografias, que estão sendo higienizadas para igualmente serem colocadas à disposição da sociedade. Com a doação, se constituiu o maior acervo de veículos da imprensa goiana num Centro de Memória e Estudos.
De acordo com o historiador Jales Guedes Coelho Mendonça, presidente do IHGG, o instituto está em trabalho de digitalização dessa massa documental e disponibilização na hemeroteca digital que pode ser acessada através do site: hemeroteca.ihgg.org.br.
“O jornal ‘Cinco de Março’ já encontra-se disponível gratuitamente na página e o DM também referente às edições da década de 1980, que serão colocadas à disposição de estudiosos e pesquisadores da história de Goiás dos últimos 50 anos”, explica o presidente
Presidente do IGHH Jales Guedes Coelho Mendonça, Arthur da Paz, Marli de Almeida, Juiz Abílio Wolney, Secretário-Geral do IHGG e Valterli Guedes.
Música era uma das paixões de Batista Custódio.
Honrarias a um farol: Batista foi lembrado pelas suas batalhas travadas nas trincheiras do jornalismo.
Intelectuais e artistas se fizeram presentes. Marcus Vinícius Beck
Juíza Julyane Neves e o noivo, o jornalista Arthur da Paz.
Jalles Neves, presidente do IHGG: guardião do acervo dos jornais “Cinco de Março” e Diário da Manhã.
Da esquerda para a direita: jornalista Arthur da Paz, jurista Julyane Neves e historiador Jales Naves.
Sociedade goiana marcou presença em evento.
Amigos de longa data e familiares estiveram no instituto.
Egressos da UFG Eliomar Pires, professor Romualdo Pessoa (UFG), Jales Jales Guedes, Erotides e Almir Luiz.
Gerações distintas: personalidades saíram do local cientes da importância de se defender a democracia.
Jornalista Arthur da Paz: “Meu pai era defensor da história e da memória”.
Presentes compenetrados.
Intelectuais com ouvidos atentos.
Amigos que acompanharam as lutas de Batista.
Marli de Almeida, esposa de Batista.
Família e amigos: diploma pelos serviços prestados.
Intelectuais recebem reflexões sobre Goiânia.
Defesa da história: Batista encantou diferentes gerações.
Tribuna ofereceu um panorama de quem foi Batista: baluarte pela Justiça Social. Marcus Vinícius Beck