Por muito tempo a menstruação foi vista como um tabu pela sociedade. Não era comum falar sobre o assunto e sua presença era sempre ocultada. No entanto a forma como tratam o tema tem mudado e busca-se o maior bem-estar das mulheres.
Formas alternativas ao absorvente têm sido criadas, para suprir essa busca por mais conforto, entre as inovações estão o coletor menstrual e a calcinha menstrual.
A calcinha foi inicialmente criada nos Estados Unidos por três estudantes nova-iorquinas. O uso dela dispensa a necessidade do absorvente, já que é feita de um tecido tecnológico com quatro camadas e é: antibacteriano, absorve a umidade e evita vazamentos.
As estudantes brasileiras Raíssa Kist, de 23 anos, Francieli Bittencourt e Nicole Zagonel, ambas de 25 anos, compraram o produto dos EUA testaram e realizaram algumas alterações para desenvolver calcinhas brasileiras.
"Compramos os produtos do exterior para conhecê-los, mas, lá fora, o corte das calcinhas é mais largo e tem a cintura mais baixa, e o corpo [das estrangeiras] também é diferente. Pelo clima tropical do Brasil, a calcinha tinha que ser mais fininha e leve".
As estudantes então desenvolveram uma calcinha menstrual 100% brasileira. "Toda a tecnologia foi desenvolvida no Brasil. Para garantir a procedência e a sustentabilidade do produto, fazemos questão também de ter fornecedores próximos..."
As estudantes começaram a desenvolver o produto em 2016, o projeto ganhou visibilidade através de uma campanha de financiamento coletivo.
Atualmente o produto não está disponível para venda, só é possível obter as calcinhas como recompensa após realizar doação à campanha.
As estudantes pretendem abrir um site em dezembro deste ano para possibilitar a venda das calcinhas menstruais brasileiras e alguns outros produtos afins, que as criadoras ainda não revelaram.