Home / DMAutos

DMAUTOS

Ford refina condução do Mustang com toque humano no ajuste final

Norton Luiz
Editor de Veículos

O Mustang 2018 está de malas prontas para aportar no mercado brasileiro. A Ford prepara o lançamento do esportivo no Brasil e no mundo, revelando até detalhes do desenvolvimento do esportivo mais desejado do momento. A chamada humanização da engenharia, ou seja, a criatividade presente em produtos tecnologicamente avançados e de última geração, pode ser vista na prática no trabalho feito para refinar a dirigibilidade do veículo.



Esse desenvolvimento mostra que, mesmo num mundo dominado pela tecnologia digital e massas de dados, nada substitui o toque humano no ajuste final de um carro como o Mustang. Uma das histórias curiosas é narrada pela dupla de engenheiros Mike Del Zio e Jonathan Gesek. Profissionais experientes, de sensibilidade e ouvidos bem treinados, eles conseguiram refinar o desempenho aerodinâmico do veículo em curvas usando uma prosáica fita adesiva na grade dianteira.

A solução encontrada dessa forma, combinando fatores objetivos e subjetivos de avaliação, acabou gerando mudanças que depois foram incorporadas no modelo de produção.



Ao dirigir um protótipo do Mustang em alta velocidade no campo de provas da Ford em Michigan, EUA, Mike Del Zio, engenheiro de dinâmica veicular, observou que, apesar dos números do túnel de vento indicarem o contrário, a resposta do carro em curvas não estava totalmente satisfatória.

Diante disso, Jonathan Greek, engenheiro de aerodinâmica, teve uma solução criativa. Ele usou um pedaço de fita adesiva para cobrir a abertura inferior da grade dianteira e reduzir o efeito conhecido como elevação frontal. Então, testou novamente o carro e comprovou o ganho nas curvas em alta velocidade, o que levou à modificação da grade.

“Aquele pequeno pedaço de fita fez toda a diferença”, diz Del Zio. “A chave na avaliação subjetiva é a confiança. No final de uma reta, que confiança você tem de poder frear e fazer um retorno? As coisas começam a passar rápido quando você acelera a 250 km/h.”



Nos últimos anos Gesek e Del Zio passaram centenas de horas melhorando o desempenho aerodinâmico do novo Mustang, o que ajudou a reduzir o consumo de combustível em até 5,6% na média em relação à versão anterior.

Soluções aerodinâmicas

Outras mudanças introduzidas na carroceria do Mustang 2018 tornam suas linhas ainda mais arrojadas e favorecem o desempenho aerodinâmico. O nariz rebaixado e um divisor dianteiro aumentam a força descendente para manter a frente plantada no chão e uma cobertura inferior melhora o fluxo de ar sob o carro.



A grade dianteira com controle ativo de entrada e fechamento da passagem do ar é outro recurso importante. No Mustang 2018, as aletas são completamente vedadas em velocidades altas para reduzir o arrasto aerodinâmico, desviando o ar para cima e ao redor do carro em vez de direcioná-lo para o compartimento do motor.

A versão do Mustang que será comercializada no Brasil é a GT, equipada com maotor 5.0 V8 de 450 cv, associado ao novo câmbio de 10 marchas da Ford. Esse conjunto leva o carro de zero a 100 km/h em menos de 4 segundos, informa a Ford.



Com um novo facelift, o Ford Mustang já está sendo vendido na Europa e Estados Unidos.  No Brasil, no período de pré-venda deve começará agora em novembro e as entregas no início de 2018. O preço e todos os equipamentos disponíveis para o mercado brasileiro são mantidos em sigilo, mas a Ford não esconde que seu esportivo não estará no mesmo patamar do Chevrolet Camaro.  A versão SS do muscle car da GM custa R$ 310 mil e a  conversível  R$ 343 mil, ambas equipados com motor V8 de 461 cv.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias