Fiz questão de registrar o momento em que assumia a direção do Mustang GT
Norton Luiz
Editor de Veículos
Quarta-feira, 4 abril. A data marca um momento histórico para o DMAutos e, em especial, para mim, enquanto Editor de Veículos do jornal Diário da Manhã. Ter o privilégio de pilotar o Mustang GT Premium foi o máximo. Afundei o pé no acelerador dessa máquina que é reverenciada mundo afora, paixão de milhões de pessoas e ícone entre os superesportivos de alta potência. Realizei um antigo sonho. Não foi uma pilotagem digna de um grande piloto, mas o suficiente para saciar meu desejo. Faltou braço, sobrou motor. E daí ? Sonho é sonho!
Desde que comecei a atuar no mundo automotivo, não tinha tido a oportunidade de efetivamente conhecer com meus próprios punhos a sensação que era de dirigir um Mustang em um ambiente adequado, onde pudesse extrapolar um pouco na aceleração. Foi o que aconteceu. Tive toda a pista, exceto em alguns pontos travados com cones, à minha frente. Cones ? Para que cones na pista? Para segurar um pouco o ímpeto de quem poderia não se dar conta de que o Mustang GT parece ter vontade própria de querer voar.
Superesportivo glamouroso e de personalidade forte. Ah, Mustang, como você é terrível e faz a gente perder a cabeça ! Te esperei tanto, mas meu dia chegou, finalmente. Inesquecível. Ufa! Como foi emocionante ouvir o ronco do motor 5.0 V8 de 466 cv de potência e 58 kgfm de torque do Mustang GT Pemium, associado à transmissão automática de 10 marchas com trocas de marchas nas aletas atrás do volante. Melhor ainda pelo fato de estar pilotando o mito onde ele é capaz de se mostrar por inteiro, com todo o seu arrojo.
Foram duas voltas perfeitas no circuito onde Ayrton Senna e muitos outros grandes pilotos experimentaram vitórias antológicas. E eu lá no comando do ícone Mustang GT. Longe da habilidade de um piloto ao estilo Senna, claro. Porém, com a vontade de aproveitar o momento único de quem sonhava em estar ali. Daí, foi só juntar forças, coragem e um pouco da habilidade conquistada ao longo do tempo em testes com veículos – não tão potentes, diga-se de passagem – para chegar aos 195 km/h.
Que carro, que sonho sobre quatro rodas e quanta tecnologia a bordo. As que garantem assistência ao condutor atuam de forma perfeita, como o sistema de controle de tração e estabilidade. O motor é um caso a parte. Esse, sim, é de lascar. Faz explodir a adrenalina só de saber que ele vai de o a 100 km/h em apenas 4,3 segundos. O Coyote sob o capô é parte de um todo perfeito. Quanta potência e que torque arrebatador que fazem do motor uma máquina de emoções. O ronco extraído do escape é sedutor, principalmente o modo Pista. A escolha perfeita para quem vai andar em alta.
Mas minha experiência com o Mustang GT Premium em Interlagos não parou apenas nas duas voltas que eu me proporcionei. Outro momento emocionante estava por vir. Entra em cena o piloto de testes da Ford, de nome André. Ele estava ali para mostrar o limite do carro para quem quisesse quase sair do chão e experimentasse o máximo do motor V8 na pista. Fui conferir e eis que os 250 km/h de velocidade máxima, limitada eletronicamente, só não foram alcançados porque nos 240 km/h atingidos tremi e dei um toque no piloto para segurar a onda.
Amarelei literalmente, mas senti firmeza no piloto e na segurança, sob os olhos e a sensibilidade de toda a tecnologia que nos acompanhava para entrar em ação em mílésimos de segundos. Daria para relatar um pouco mais do que experimentei a bordo do ícone, ora como piloto, ora com passageiro. Realizei um sonho.
As emoções vividas nos momentos que tive com o Mutang GT Premium e numa pista emblemática para o automobilismo brasileiro, palco de grandes competições protagonizadas por grandes pilotos, ficarão eternizadas. Palavras não são suficientes para expressar o que é estar dentro de um Mustang em alta velocidade e ouvindo o ronco do bravo motor de 466 cv de potência. É preciso vivenciar esse momento para sentir na pele. Eu senti e se tiver uma próxima oportunidade não perderei um segundo sequer do privilégio de sentar no banco do mito que o mundo reverencia.
Até uma próxima vez. Espero ser breve, brevíssimo!