Jeep Renegade é testado. Andamos na versão Longitude 2.0 4x4 turbodiesel do SUV compacto. Durante uma semana, o utilitário esportivo foi colocado à prova rodando na cidade e em trechos de terra com poeira, pedra, aclives e declives. A ideia era levar o jipinho fabricado em Goiana, Pernambuco, para ambientes que pudessem exigir bem mais dele. Vamos ficar devendo.
Na proxima oportunidade o DMAutos vai preparar um teste especial para o Renegade, onde sua capacidade off-road seja relamente demonstrada.
De qualquer forma, o resultado das andanças com o modelo urbano com fortes características off-road que tem feito a cabeça de muitos consumidores você vai ficar sabendo agora.
Na aparência, o Renegade já se mostra atraente e estiloso nos seus traços clássicos que a Jeep parece fazer questão de manter em evidência.Ele faz lembrar o emblemático Jeep Willys. É bom que permaneça assim, mantendo as características do seu jipinho.
O Jeep Renegade renovou o visual no ano passado. Mexidas leves no capô, agora mais alongado, na grade de gomos cromados, para-choques e na maçaneta que passou a ser aparente na tampa traseira. São estes os pontos mais acentuados das mudanças exernas.
No interior, o Jeep Renegade ganhou nova central multimídia Uconnect, com tela de 8,4 polegadas e sistema sistemas Google Android Auto e Apple CarPlay.
Boa solução foi dada também com a unificação do seletor de tração, teclas de bloqueio do diferencial e o acionamento da reduzida numa única peça. Sobrou espaço para um porta-objetos.
Jeep Renegade: As mudanças no modelo por aqui foram menores do que no exterior
As mudanças empregadas no Renegade brasileiro foram bem menores do que as do modelo vendidas no exterior, mas nem por isso o “suvizinho” robusto e valente deixou sua beleza escapar.
A Jeep foi econômica por aqui, mas mesmo assim o pouco que mudou ajudou a melhorar o design do modelo.
Daí em diante o Jeep Renegade é o mesmo SUV. É robusto, corajoso, estiloso e soma outros adjetivos que se encaixam bem no modelo mais vendido da Jeep no mercado brasileiro.
O Renegade é um carro que atende bem o consumidor que quer um utilitário esportivo urbano que não tem medo de chão com trechos onde só um 4x4 percorre bem e com disposição.
O Renegade briga no segmento com os SUVs Hyundai Creta, Nissan Kicks e o Honda HR-V. E tem ficado bem na “fita”. Era o líder de venda, mas no mês de julho perdeu o primeiro lugar para o irmão Jeep Compass e no mês passado o Creta abocanhou a liderança.
Os resultados não significam que o utilitário esportivo perdeu fôlego. Pelo contrário, são os momentos proporcionados pelo mercado que não afetam o prestígio do modelo que nasce em Goiana.
Porta-malas: ponto negativo do Renegade
Para não dizer que o Renegade é um utilitário esportivo compacto que só tem qualidades, enumeramos dois pontos que não agradam. Primeiro o preço de R$ 135 mil (linha 2020) cobrado pela versão turbodiesel testada. De qualquer forma, está entre os mais em conta no segmento dos SUVs compactos diesel.
O outro é o porta-malas com capacidade para 273 litros. Nas versões 1.8 Flex chega a capacidade chega a 320 litros por conta do estepe de uso temporário. No turbodiesel é menor em função do estepe ter o tamanho convencional.
Se a necessidade de transportar malas for absoluta, esqueça. O consumidor terá que abrir mão de um SUV com um conjunto agradável e partir para outra opção. Mesmo nas versões flex de 320 litros. Muito pouco para um SUV.
Mas a ideia que o consumidor passa é de que esse quesito pouco importa quando a opção de compra é mesmo pelo Jeep Renegade. O modelo conquistou o gosto do usuário de utilitários compactos, tanto que suas vendas continuam em alta no mercado.
O design clássico do modelo, a aparência robusta, a motorização e a força do nome Jeep têm peso na decisão de compra.
O Jeep Renegade 4x4 Turbodiesel apresenta conforto e o acabamento é no padrão da marca. Tudo parece ter sido feito de forma muito cuidadosa. Bancos, painéis de porta, volante e manopla são revestidos em couro e o material de qualidade utilizado em outros pontos da cabine é macio no palpar, como se emborrachado fosse. A sensação no tato é muito boa.
Condutor e passageiros não têm do que reclamar do Renegade. Anda suave e é ágil na cidade e não foge tanto das suas características urbanas quando é utilizado em estradas de terra. O Jeep Renegade vai bem nos dois aspectos, mas é claro que em ambientes de pisos mais hostis todo carro altera um pouco seu comportamento.
O que se percebe do Renegade é que mesmo no chão, transpondo alguns obstáculos e buracos, o conforto interno não fica prejudicado. O SUV é valente, não refuga, não pula e vai bem para onde for direcionado a ir. O vai e vem dos buracos, vira aqui, freia ali, acelera mostra um Renegade bem projetado para as situações mais arrojadas.
Motor turbodiesel
O motor 2.0 trubodiesel do Renegade 4x4 Longitude colocado à prova tem 170 cv e potência e 35,7 kgfm de torque, e câmbio automático de 9 velocidades. Anda bem, é silencioso e apresentou um consumo com média de 11,5 km/l na estrada e de 9,5 km/l na cidade.
E olha que durante o período de testes com o SUV o calor em Goiânia estava infernal, beirando os 39 graus, o que pode ter influído de forma negativa no consumo. Dá para acreditar que em tempos menos quentes e se o pé que pressiona o acelerador for menos pesado é possível melhorar o consumo.
Com seus 4,23 m de comprimento, 2,57 m de entre-eixos, 1,80 m de largura e 1,65 m de altura, o Renegade mostra-se superior. É como se seu tamanho não lhe representasse obstáculos.
O Renegade olha por cima certo de que é capaz de romper estradas sem refugar e ter a vantagem de circular pela cidade com facilidade, inclusive para estacionar. A vaga que para outros SUVs é pequena, para o Renegade é a ideal.
Fica agora uma boa dica: se tem interesse em adquirir um Renegade, dê uma olhada nos preços abaixo e faça um esforço pagando um pouco mais por uma das versões a diesel. Você não se arrependerá do investimento feito. Ter um Jeep Renegade a diesel é um negócio e tanto.
O modelo da linha 2020 é vendido em cinco versões. A de entrada é a Sport 1.8 AT flex custa R$ 89.990, a Longitude 1.8 AT flex sai por R$ 104.990, a Limited 1.8 AT flex por R$ 109.990, a Longitude 2.0 AT diesel por R$ 134.990 e, finalmente, a Trailhawk 2.0 AT diesel em preço de R$ 145.990.