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Chevrolet Monana 2023

Teste: Impressões ao dirigir Chevrolet Montana Premier 1.2 Turbo

Nova picape da GM mostra força para roubar mercado das picapes Fiat Strada e Toro


		Teste: Impressões ao dirigir Chevrolet Montana Premier 1.2 Turbo
Norton Luiz

Lançar um produto que fosse capaz de tirar os olhos dos consumidores das picapes da Fiat, a Strada e a Toro, era um projeto da Chevrolet que começou a ganhar vida em 2021. Afinal, a fabricante italiana, hoje dominada pela marca Stellantis, sempre foi absoluta no segmento das picapes compactas (Strada) e média-compacta (Toro). Praticamente sem concorrente no segmento, a Fiat ainda deita e rola nas vendas com seus dois modelos.


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Norton Luiz

A Renault lançou seu modelo Oroch para marcar presença no segmento das picapes médias-compactas, competindo com a então noviça no mercado, a Fiat Toro. Pouco efeito surgiu. Nem de longe a francesa Oroch representou perigo para a Toro. Sem concorrente a altura, a Fiat consolidou-se no mercado. Assim como a “picapinha” da Volkswagen, a Saveiro, nunca foi ameaça para a Strada no segmento das compactas, a Oroch nasceu sem forças para barrar a Toro.

Novo segmento

A movimentação das marcas concorrentes da Fiat teve início logo após o lançamento da Fiat Toro. A chegada do novo modelo, em 2016, marcando a abertura de um novo segmento de picapes, o das SUP (Sport Utility Pick-up), chamou a atenção por conta do estrondoso alvoroço nas vendas do novo produto. Engraçado é que a Fiat faz outro caminho preparando o lançamento de um produto maior para atuar no segmento das picapes médias, onde nunca esteve.


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Norton Luiz

Nascia com a Fiat Toro, quando do seu lançamento, o segmento das picapes menores dos que as tradicionais médias e maiores do que as tradicionais compactas. Entendeu? Não? Fácil entender se você pegar como exemplos uma Fiat Strada, compacta, e uma Ford Ranger, média, e colocar no meio das duas a Fiat Toro. Tá ai a explicação do que é uma picape média-compacta.

Era preciso pensar num produto forte o suficiente para barrar a Toro. Se a Renault não deu conta, a GM parece ter feito melhor o dever de casa com o lançamento da Chevrolet Montana. Outras marcas já correm atrás do prejuízo e preparam seus lançamentos para o segmento, como a Hyundai Santa Cruz e a Ram, tradicional fabricante de picapes gigantes, com um modelo do porte da Toro.

Proposta arrojada

Até o presente momento quem realmente mostrou a cara com fôlego capaz de encarar a altura a Toro foi a Chevrolet com sua recém-lançada Montana. O modelo estreou no mercado em fevereiro último com uma proposta bem arrojada no conceito de construção, no visual e no conjunto de tecnologias de segurança e comodidade. A Montana é a aposta da Chevrolet em uma picape com a dirigibilidade de um SUV.


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E quem espera uma picape média-compacta da General Motors mirando apenas a Toro pode ver um produto que fosse mais além na sua proposta de lançamento. A Chevrolet Montana está posicionada em tamanho entre a Toro e a Strada, assim como no preço. Portanto, a GM que tirar consumidores da Strada e da Toro com uma picape capaz de atender os dois segmentos com a Montana.

Teste

A Chevrolet Montana nasceu baseada no seu irmão SUV, o Chevrolet Tracker. Entenda, porém, que é uma picape sobre uma carroceria monobloco e não literalmente um SUV, até mesmo pela baixa altura do solo. A Montana, com apelo visual que remete aos modelos da GM nos Estados Unidos, diferencia-se na dianteira pelos faróis divididos, bem parecidos por aqui com a Toro. Um erro imperdoável: a grade dianteira praticamente perdeu seu estilo bonito com a colocação da placa quase no centro da peça.


		Teste: Impressões ao dirigir Chevrolet Montana Premier 1.2 Turbo
Norton Luiz

Além disso, ainda sobra um espaço na parte inferior da base destinada à placa, perceptível apenas olhando de perto, que vai até o para-choque. A meu ver não foi uma decisão visualmente correta, mas o problema já vem dos SUV Tracker e Equinox e no Onix. Durante os dias em que estivemos com a versão Premier para avaliação imaginei a placa melhor posicionada no para-choque.

Visual de picape

Nas laterais, a Chevrolet Montana tem linhas menos marcantes, mas sem deixar escapar o visual de picape. A traseira, por sua vez, é mais chamativa no design e nas pequenas lanternas posicionadas nas laterais da tampa. Por falar na tampa da caçamba, sua abertura é suave graças a um sistema de amortecimento e abertura pelo botão na peça é feita apenas com a alavanca do câmbio na posição P, estando o veículo ligado.


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Norton Luiz

As lanternas traseiras da nova Montana são interligadas por uma peça de plástica, transmitindo a ideia de fazer parte do conjunto de iluminação. A peça foi copiada de picapes que a Chevrolet lançou no passado. Essas mesmas lanternas ganharam um detalhe bem interessante, recebendo o emblema da marca no centro de cada uma. Na tampa traseira o nome Chevrolet aparece bem estampado.

O interior da cabine é confortável e bem trabalhado nos detalhes. O ambiente traz um visual mais próprio de uma picape. A ideia também é mudar um pouco da Tracker, sua derivação. Mesmo na versão Premier, a mais completa da gama, e a que nós testamos, o emprego de plástico rígido aparece alguns pontos da cabine. O acabamento é inferior ao da Tracker, mas deve-se levar em conta que a Montana é até R$ 20 mil mais barata do que seu irmão SUV.

Itens ausentes

A Montana Premier cedida para pela GM para avaliação não oferece itens como sensor de chuva, sensor de estacionamento dianteiro, espelho interno eletrocrômico, teto solar, frenagem autônoma de emergência e o Easy Park, sistema de assistente de baliza automático. São itens presentes no Tracker, os quais, pela faixa de preço de R$ 142.590 mil da Chevrolet Montana Premier, não deveriam faltar.


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Norton Luiz

Em todas as suas versões, a Montana conta de série com seis airbags, controle eletrônico de tração e estabilidade, central multimídia com tela de 8 polegadas integrada ao painel de instrumentos analógico e conectividade via Android Auto e Apple Car Play sem fios.

A versão Premier, como a testada pelo DMAutos, acrescenta sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, luz diurna de LEDs, acendimento automático dos faróis, assistente de partida em rampa, volante de couro com ajuste de altura e profundidade, iluminação para a caçamba e capota marítima em lona tradicional.

Outros itens

A mesma versão da Montana conta ainda com bancos de couro com ajuste de altura para o motorista, descanso de braço central na dianteira, rodas de 17", chave presencial com partida por botão, carregador de celular sem fio, tomada USB para o banco traseiro, monitor de ponto cego, faróis com lâmpadas de LED e ar-condicionado automático.


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A nova Chevrolet Montana mede 4.717 mm de comprimento, 1.798 mm de largura, 1.659 mm de altura e 2.800 mm de entre-eixos. As medidas posicionam a Montana exatamente entre as picapes da Fiat, a Strada e a Toro. Por exemplo, a picape da Chevrolet é menor do eu a Toro e maior do que a Strada, no comprimento, no entre-eixos e no volume da caçamba. Tem o mesmo volume de carga útil da Strada e per4de em 70 kg para a Toro.

A caçambada Montana leva 874 litros e sua capacidade de carga útil é de 600 kg. O tanque de combustível tem capacidade para 44 litros e seu peso em ordem de marcha é de 1.310 kg.

Motor

Sob o capô a Chevrolet Montana emprega o espertinho motor 1.2 turbo flex sem injeção direta de combustível. É o mesmo que equipa o SUV Tracker, mas recalibrado para atender melhor às especificidades na picape. Esse propulsor entrega 133 cv de potência a 5.500 rpm e 21,4 kgfm de torque a partir de 2.000 rpm, abastecido com etanol. Com gasolina, perde um cavalo de potência e o torque cai para 19,4 kgfm. Nas versões LTZ e Premier a transmissão é automática de seis marchas, enquanto nas de entrada LS e LT o câmbio é manual de seis marchas.


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Norton Luiz

A Montana é prazerosa na direção, tem visual agradável, mais limpo nas laterais e sem muitos penduricalhos. A gravatinha dourada, posicionada acima da grade e de tamanho destacado, permite a fácil identificação do modelo da Chevrolet. A versão cedida pela GM para o teste testada veio equipada com acessórios originais. Dentre eles, estribos laterais, capota marítima com abertura elétrica e soleiras de porta iluminadas.

Consumo

A picape da GM surpreendeu no consumo. Rodando na rodovia, entre 100 km/h e 120 km/h, com etanol, o consumo foi de 11,4 km/l. Na cidade, com o mesmo combustível, surpreenderam também os 9,2 km/l. Portanto, a nova Montana não é só um rostinho bonito e um corpo bem definido no geral. A picape ganha destaque também no conjunto mecânico que oferece bom desempenho e baixo consumo, o que é bastante considerado na hora da compra.


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Norton Luiz

Chevrolet Montana Premier 1.2 Turbo Automática

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 12 válvulas, 1.199 cm3, duplo comando com variador na admissão e escape, turbo, flex
Potência e Torque: 133 cv a 5.500 rpm e 21,4 kgfm a 2.000 rpm (etanol) / 132 cv a 5.500 rpm e 19,4 kgfm a 2.000 rpm
Transmissão: automática de seis marchas, tração dianteira
Suspensão: independente McPherson na dianteira, eixo de torção na traseira / pneus 215/55 R17 com rodas de 17 polegadas
Dimensões: Comprimento (4.717 mm); Entre-eixos (2.800 mm); Largura (1.798 mm); Altura (1.659 mm)
Peso:1.310 kg em ordem de marcha
Capacidades: caçamba: 874 litros
Carga útil: 600 kg
Tanque: 44 litros
Preço: R$ 142.590

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