DMAutos

Ford Ecosport Storm mistura rusticidade com modernidade

Norton Luiz

Publicado em 9 de maio de 2018 às 11:10 | Atualizado há 4 meses

Norton Luiz
Editor de Veículos

Andamos na versão Storm do EcoSport. Com visual mais agressivo, inspirado na picape americana F-150 Raptor, a Storm é uma proposta especialmente concebida para andar rápido em pistas de terra e caminhos mais degradados. Nova aposta da Ford no Brasil, a versão traz a rusticidade no visual, mas preserva características inerentes aos veículos urbanos.

Custando R$ 99.990 mil  e com tração 4WD, a versão Storm chega com rodas de 17 polegadas e pneus para asfalto, sob a justificativa de que entregam melhor conforto para os ocupantes, em comparação com os modelos essencialmente off road. Mas se precisar de espaço no bagageiro para transportar mais apetrechos, a opção fica a desejar, como em toda a linha. Os 356 litros de capacidade não são suficientes.

Com apelo aventureiro e sistema de tração nas quatro rodas, o novo Ford EcoSport Storm, o mais caro da linha comercializado no país, posiciona-se como a configuração mais completa da linha Ecosport. A grade dianteira com o nome da versão estampado em alto relevo reforçam o apelo off road da proposta, associado à máscara negra nos faróis dianteiros, capa de estepe rígida também com o nome da versão e adesivos.

Além do visual mais robusto, outra novidade do EcoSport Storm é a tração integral acoplada ao câmbio automático, diferentemente do que é encontrado em veículos 4×4 tradicionais ou ainda do que se observa na geração anterior do SUV compacto, cuja versão 4×4 só podia contar com caixa manual de seis marchas.

Dessa forma, a nova versão traz o sempre bem-vindo conforto da caixa automática, algo que se tornou imprescindível entre os clientes do segmento. Isso, porém, não torna o carro ideal para a lama, mas muito mais para as estradas asfaltadas, uma vez que a tração integral garante maior estabilidade nas curvas.

A tecnologia 4WD da versão distribui de forma equilibrada a tração entre as rodas do carro, sem a interferência do motorista. O sistema conta com o controle inteligente de torque, que direciona a força do motor para as rodas que estão com maior aderência, tudo observado pelos olhos do motorista, que acompanha tudo pelo computador de bordo, o qual transmite um diagrama que demonstra as alterações de tração entre os eixos. No entanto, a ausência de reduzida e de seletor de modos de condução prejudica um pouco o tráfego sobre pedras, areia ou lama.

No volante

Apesar de o EcoSport Storm não ter perfil para enfrentar trechos ou obstáculos off-road mais rústicos, alguns detalhes garantem dirigibilidade e conforto ao motorista, como o sistema de tração permanente, que possibilita segurança ao rodar sobre pisos com baixa aderência. O Controle Inteligente de Torque (ou ITCC, na sigla em inglês) se encarrega de distribuir automaticamente a força do motor para as rodas que mais precisam.

Além disso, a suspensão traseira multilink exclusiva, a nova calibração de amortecedores, molas e buchas e a assistência elétrica da direção recalibrada proporcionam cerca de 40% menos vibrações no volante, comparado com o modelo anterior.  Motor e câmbio são os mesmos do Eco Titanium: 2.0 16V com injeção direta (176 cv e 22,5 kgfm), mas o Storm ficou em torno de 100 kg mais pesado que o Titanium, chegando a 1.469 kg.

Por dentro, as mudanças foram apenas estéticas, em relação ao modelo anterior. Baseado na versão Titanium, o Storm exibe como principais diferenças o acabamento preto na forração do teto e no painel, que não tem padrão em dois tons, como na Titanium. Detalhes em laranja na parte inferior da central multimídia, dos puxadores de porta e do console completam o pacote visual. Na cabine, nada mudou. Permanecem no Storm o istema multimídia SYNC 3, teto solar, ar digital, chave presencial e bancos de couro.

Os itens de série também são os mesmos da Eco Titanium, com ESP, ar-condicionado digital, sistema multimídia, sensor e câmera de ré, rodas de 17 polegadas (exclusivas). A única ausência foi o alerta de veículos no ponto cego, removido para reduzir o preço final do Storm. Além disso, são sete airbags, luzes diurnas em LED, sensores de luz e chuva, retrovisor interno eletrocrômico, piloto automático, assistente de partida em rampas, controle anticapotamento e monitoramento da pressão dos pneus.

O detalhe negativo fica por conta do consumo de combustível. Os cerca de 100 kg extras da versão Storm, aliados à maior perda da transmissão integral fazem com que a Storm gaste mais que os modelos similares. Na cidade, com etanol no tanque, o computador de bordo registrou 4,5km/l. Com gasolina, na cidade, 7,5km/l, sem abusar da aceleração. Mesmo assim, assustou um pouco.

O calor intenso em Goiânia certamente ajudou a elevar o consumo urbano e isso deve ser considerado. Na estrada, o consumo deu uma aliviada, ficando na casa dos 10 km/l, mas aí com um pouco mais de aceleração.

No geral, a versão Storm prova ser uma excelente proposta criada pela Ford. É bonita, chama a atenção pelo design e no acabamento interno, tem excelente mecânica e é seguramente uma excelente opção para quem quer um SUV com estilo off-road, mas que não seja tão agressivo no sentido de ser capaz de transpor trilhas mais radicais.

Tags

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

Impresso do dia

últimas
notícias