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Ministro do TCU quer processar Dilma por pedaladas fiscais

José Augusto Nardes entregou cópia da decisão do tribunal de dar prazo de 30 dias para explicações de Dilma sobre ‘pedaladas’ fiscais
BRASÍLIA - O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e relator das contas da presidente Dilma Rousseff, José Augusto Nardes, disse que "o império da lei" tem que valer para todos os governantes e que a decisão do TCU desta quarta-feira é uma ação neste sentido. Nardes se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando entregou cópia da decisão tomada pelo Tribunal de dar um prazo de 30 dias para que a presidente Dilma dê explicações sobre as contas do ano passado.

- Espero que a inauguração do novo momento do TCU - que, pela primeira vez, estabelece não aprovar mais com ressalvas (as contas) - sirva como um exemplo positivo de transparência e de fortalecimento das nossas instituições e que o império da lei seja para o prefeito, para o governador e também no escalão maior, a presidente da República - disse Nardes.

O ministro também pediu a Renan a retomada das votações das contas presidenciais, que costumam ficar paradas na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Desde 2002, o Congresso não vota os pareceres do TCU.

- Senti uma excelente boa vontade do presidente Renan em conversa que já tivemos. Ele disse que priorizaria isso. Isso é um avanço para a sociedade brasileira e também para os congressistas, porque a principal função do Congresso é fiscalizar as contas da República. E nós damos um parecer técnico. Já há declarações do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e também já senti do presidente Renan que isso possa acontecer - disse Nardes.

Para ele, o Congresso precisa retomar as votações e, assim, ser "fortalecido".

- Temos que mudar este procedimento, porque hoje vivemos num mundo extremamente competitivo e quando não há a entrega de forma transparente dos produtos para a sociedade - disse Nardes.

Ele chamou de "pedaladas" os problemas encontrados pelo TCU nas contas presidenciais de 2014. A área técnica do TCU terá alguns dias também para avaliar são 13 itens importantes de 31 situações de indícios de irregularidades.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), depois do encontro, elogiou a decisão do TCU.

- A respeito da visita do TCU, quero mais uma vez dizer que considero consequente a decisão do TCU, porque garante o contraditório e, sobretudo, abre espaço para que se esclareça tudo, absolutamente tudo - disse Renan.

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