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A conta de luz deve ficar mais cara no mês de outubro após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciar na sexta-feira, 29, que os talões de energia vão receber a bandeira tarifária vermelha no patamar 2. Desde que foi implementado o atual sistema, em janeiro de 2015, outubro será o primeiro mês com o patamar mais elevado.
Segundo a agência, isso deve gerar uma cobrança extra de R$ 3,50 a casa 100 KWh (quilowatts-hora) consumidos. Atualmente, a bandeira das contas de luz é a amarela, que significa um custo adicional de R$ 2.
A Aneel explica que o sistema de bandeiras tarifarias sinaliza ao consumidor o custo da geração de energia e tem como objetivo permitir que os consumidores adotem medidas de economia para evitar que suas contas de luz fiquem mais caras.
Um relatório divulgado pelo Programa Mensal de Operação do ONS (Operador Nacional do Sistema), mostra que o valor da usina térmica mais cara em operação é de 698,14 R$/MWh. Além disso, o estudo salienta que os reservatórios das hidrelétricas instaladas no Sudoeste e no Centro-Oeste, que são responsáveis por cerca de 70% da capacidade de geração do país, estão com armazenamento médio de 24,75%.
Os números apontam o nível mais baixo para este período desde 2011. No Nordeste, o armazenamento médio era de 9,46%.
A Aneel ressalta que "a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas alcançou níveis preocupantes e, ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício".
Além disso, explica que o custo de geração de energia no país fica mais alto conforme o aumento do uso de usinas termelétricas. Segundo a empresa, isso acontece porque as termelétricas usam combustível como óleo, gás, carvão e biomassa, para gerar eletricidade e por isso, a energia torna-se mais cara do que as produzidas pelas hidrelétricas.