Proprietário da rede de sanduicherias Tio Bákinas não se sente injustiçado quanto as cargas tributárias. Mas sugere uma mudança radical: “Penso que se fossem mais flexibilizadas de acordo com o desempenho da empresa isso motivaria mais os empresários”.
O problema, diz , é outro: “O que realmente incomoda é a burocracia! Para um empreendedor que gosta de ver seus sonhos tomando forma, isso incomoda muito, pois perdemos muito tempo. Assim deixamos de crescer mais rápido e geramos menos riqueza”.
A empresa de José Wilson gera hoje 150 empregos. “Mas acredito que 150 famílias são impactadas. E temos também as famílias dos fornecedores e seus funcionários”, contabiliza.
“O simples nacional é o imposto que mais impacta nossa rede. Penso que o interessante seria se o mesmo fosse flexibilizado de acordo com o número de empregos gerados. O que ocasionaria um aquecimento do mercado, aumento do consumo e com isso a roda da economia iria girar” José Wilson, empresário
Apesar do sucesso recente, o empreendedor lembra que está há quase dez anos se esforçando para calibrar a marca e o serviço. O segredo do sucesso é descobrir algo antes mesmo de criarem uma definição para o serviço.
“Estamos há quase nove anos no mercado fazendo o que hoje chamam de ‘gourmet’. Não usaremos esse termo jamais e entendo que a população goiana tem uma conexão muito forte com a marca por saber que será sempre bem tratada em todos os aspectos”.
A forma de agir e alguns números da empresa acabam despertando a atenção para o filão que se anuncia: o otimismo, a capacidade de reação e de geração de empregos.
Estas empresas têm nome: scale-ups. Apesar da empresa de José Wilson não seguir a risca tal terminologia, ela mostra o otimismo típicos das empresas prontas para tirar o Brasil da crise: “Construímos uma base muito sólida e nesse momento de desaquecimento do mercado estamos nos preparando ainda mais para o futuro. E ele será promissor! Sempre seremos muito positivos mesmo com as dificuldades”.
A defesa da flexibilização tributária é um mantra para o empresário. O ambiente perfeito seria sem burocracias e inspirador para as scale-ups – acostumadas a gerar cem vezes mais empregos do que empresas normais.
“O simples nacional é o imposto que mais impacta nossa rede. Penso que o interessante seria se o mesmo fosse flexibilizado de acordo com o número de empregos gerados. O que ocasionaria um aquecimento do mercado, aumento do consumo e com isso a roda da economia iria girar”.