O Banco Mundial divulgou nesta terça-feira (22/11) um relatório com uma série de medidas para a contenção de gastos no país. Segundo a avaliação o governo brasileiro gasta mal e não corta gastos desnessários.
"O governo brasileiro gasta mais do que pode e, além disso, gasta mal. Esta é a principal conclusão deste estudo, que analisa as raízes dos problemas fiscais recorrentes do Brasil e apresenta opções para sua solução", diz o relatório.
O relatório também deixou claro que os ricos são os maiores beneficiados em todo o país.
A previdência está entre as áreas analisadas. Segundo o relatório 35% das pessoas beneficiadas estão entre 20% dos mais ricos no país. Enquanto apenas 18% é direcionado a 40% das pessoas mais pobres.
Segundo o estudo, o governo gasta 0,7% do PIB com as universidades federais. No entanto, o relatório mostra que o ensino superior público é injusto, já que 65% dos alunos que estudam nessas instituições estão entre os 40% mais ricos. Já que os estudantes não conseguem ingressar através do vestibular ou Enem, restando apenas a opção de financiar o curso em uma istituição privada.
O relatório sugere uma mudança no modelo de universidade pública do país. A ideia é que não exista a gratuidade e apenas os estudantes carentes estariam isentos de pagar a mensalidade, através de uma bolsa de estudos.
O Banco Mundial explicou que o país pode economizar até 7% do seu PIB, no entanto, precisa cortar previlégios e focar em atender a população mais carente.