Em visita a Goiás, quando conheceu o Sistema S no estado, o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, comentou, nesta quarta-feira, 08/05, em coletiva a imprensa, a sinalização de membros da equipe econômica do governo federal de promover cortes em repasses para o Sistema. Ele lembrou que as entidades representativas do setor, em nível nacional e estadual, têm defendido o Sistema S e ainda aguardam abertura de diálogo sobre o assunto.
“Vamos continuar defendendo o Sistema e permanentemente dispostos a um diálogo com o governo, para que ele tenha conhecimento, na sua profundidade, do que o Sistema presta de serviços à comunidade”, disse. Ele informou que o governo ainda não chamou a entidade para uma conversa. “Estamos aguardando”, disse. “Abrimos todas as formas de diálogo. Só eu dei esta manifestação na imprensa em várias oportunidades”, assinalou. “Na democracia o que tem de prevalecer é o diálogo e nós, habitualmente, somos pelo diálogo, até porque temos formação democrática e liberal. Nós não radicalizamos, mas estamos prontos a defender nosso Sistema, que é privado, os recursos são privados”, disse.
Tadros ressaltou a relevância social do Sistema S e adiantou alguns prejuízos que podem acontecer com os cortes. “Entendemos que o Sistema presta relevantes serviços. Este corte vai propiciar ao empresário míseros R$ 1 mil reais por ano, em nível de Sesc, e R$ 700,00 em nível de Senac. E, em contrapartida, se perde uma gama de serviços gratuitos propiciada ao trabalhador do comércio. Ficará um vazio que ninguém terá oportunidade de preencher, tendo em vista nossa grande capilaridade”, assinalou.
José Roberto Tadros ainda lembrou que as gratuidades ofertadas pelo Senac e pelo Sesc poderão ser afetadas. “Por exemplo, o Senac dá quase 70% de gratuidade, e no Sesc quase tudo é gratuidade. Em um universo de mais de 6 milhões de empresas, só 800 mil que contribuem com o Sistema. Na verdade, o Sistema se mantém e presta serviço aos outros 5 milhões de empresas com os 800 mil que contribuem para o Sistema S”, afirmou.
Tadros também defendeu a reforma da Previdência, que tramita no Congresso. Segundo ele, a reforma é necessária porque houve, por exemplo, mudanças nas relações de emprego com o avanço de tecnologias e aumento da expectativa de vida dos brasileiros, o que exige do Brasil preparo e adaptação. “De um modo geral, o que eu vejo é que, efetivamente, a reforma é inadiável”, disse.