A resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com as regras para o cálculo do piso do frete rodoviário irritou os caminhoneiros, já que a maior parte dos valores ficou mais baixa que na versão anterior. No fim de semana, já circulava a informação de que o governo pretendia cancelar a nova tabela de frete, que entrou em vigor no sábado.
Os motoristas voltaram a pressionar o governo para que a tabela fosse suspensa e marcaram reuniões em Brasília para esta semana. A tabela do frete foi criada no ano passado pelo governo do ex-presidente Michel Temer (PMDB), após a greve dos caminhoneiros, que bloqueou estradas e gerou uma crise de abastecimento no Brasil por mais de uma semana. A criação era uma das reivindicações da categoria.
Início do ano governo federal anunciou outras medidas para conter a insatisfação dos caminhoneiros
No início do ano, o governo já havia anunciado outras medidas para conter a insatisfação dos caminhoneiros, entre elas uma linha de crédito via BNDES para manutenção de caminhões, obras em rodovias federais e a construção de pontos de repouso em estradas. Além disso, está desenvolvendo notas fiscais eletrônicas.
A resolução da ANTT foi publicada pela agência na última quinta-feira, após passar por consulta pública. A nova tabela entrou em vigor no sábado e foi feita a partir de um estudo da área de logística da Escola de Agronomia da Universidade de São Paulo (USP). O objetivo foi adequar os preços aos diferentes tipos de carga, rotas e veículos.