O leilão de 36 blocos exploratórios de petróleo e gás, realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) nesta quinta-feira (10/10), rendeu R$ 8,915 bilhões em bônus de assinatura. O valor é um novo recorde nas rodadas de concessões feitas recentemente. A verba vai para o Tesouro Nacional.
Apesar do saldo positivo, apenas 12 dos 36 blocos ofertados foram vendidos no leilão. Os locais estão nas bacias sedimentares marítimas, ofertadas sob regime de concessão. São elas: Pernambuco-Paraíba, Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos. Os blocos da região Nordeste do país, não foram vendidas.
Segundo a informação da ANP, o lucro total do leilão ficou em 322,74%. Já o maior bônus de assinatura oferecido foi de R$ 4,09 bilhões, pelo consórcio formado pela Petrobras e Equinor Brasil. Se todos os 36 blocos tivessem sido arrematados pelo valor mínimo, a arrecadação de bônus teria ficado em R$ 3,216 bilhões.
O diretor-geral da ANP, Decio Oddone, disse que o leilão superou as expectativas e que está no aguardo da instalação de três ou quatro plataformas no litoral do Rio, além do recorde de bônus em leilão de concessões.
“Sempre achamos que seria um leilão exitoso e superamos as expectativas... Estamos no aguardo de que três ou quatro plataformas sejam instaladas no litoral do Rio com produção de 100 a 150 mil barris por dia gerando R$ 100 bilhões de arrecadação nominal.”, afirmou o diretor.
Blocos não recebem ofertas em leilão
Os blocos do litoral nordestino não receberam ofertas no leilão. O motivo foi devido a dúvidas sobre a possibilidade de exploração em uma área que poderia afetar o Parque Nacional Marinho de Abrolhos. O local, é o primeiro parque marinho brasileiro e foi alvo de manifestações de um grupo de ambientalistas em prol da defesa de Abrolhos.
Antes do leilão, no entanto, Décio Oddone, apontou que, havendo um Relatório de Impacto Ambiental bem conduzido, não haveria problemas em conduzir uma ação exploratória de petróleo no Parque, localizado no litoral da Bahia.
*Com informações do G1