A procura pela negociação do preço do aluguel tem aumentado devido à crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus. A maior demanda é da área comercial pela impossibilidade de abrir o comércio devido o decreto estadual que impôs isolamento social. No entanto, quem não tem casa própria também se compromete neste cenário, que faz aumentar esses pedidos para as residências também.
Especialistas recomendam que haja diálogo e deixar firmado como um complemento do contrato de locação. Há um projeto de lei no Congresso Nacional que impede ações de despejo até dia 30 de outubro deste ano. Já passou pelo Senado, mas precisa ser aprovado na Câmara antes de ser sancionado pelo presidente e começar a valer.
O proprietário da Única.com, Fernando Faustino, conseguiu 50% de desconto no preço do aluguel a partir das negociações. Ele possui uma loja na 44 e uma na Bernardo Sayão e emprega cerca de 60 funcionários. Para evitar demissões, ele começou ajustar as contas através de diálogo com os donos dos pontos. Um deles cobrará apenas pelos dias que ficou aberto em março.
Os primeiros 15 dias de isolamento também foram descontados em duas lojas da proprietária da Santorine Camisaria, Vanessa Márcia de Assis. No entanto, ela explica que o custo do condomínio se mantêm e isso se torna um custo para quem está parado.
Segundo a empresária, o desconto de R$ 24 mil por mês foi significativo para ajudar o negócio sobreviver, mas a realidade é incerta e nem é para todos. Ela que demitiu 12 funcionários e afastou outros três, declarou que outros amigos já decretaram falência.
O presidente da Associação Empresarial da Região da 44, Jairo Gomes, defende que também não é fácil para os locadores por conta das despesas que existem. Durante o decreto de fechamento do comércio pelo governo, ele não cobrará pelos pontos, mas cada um tem liberdade de flexibilização. Em shoppings de Goiânia também não há um consenso.
No Passeio das Águas Shopping, foi adiada a cobrança e foi oferecida a isenção dos fundos de promoção até a reabertura e redução de 20% dos encargos condominiais. No Bougainville, houve queda na taxa de aluguel mínimo, despesas condominiais e da contribuição do fundo de promoção. O Buriti isentou 50% do pagamento do preço do aluguel e adiou o restante. A taxa de condomínio diminuiu e o fundo de promoção não foi cobrado.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Goiás (Sindilojas-GO), Eduardo Gomes afirma que deve ter uma boa negociação pois se o lojista mudar, não será fácil alugar. O diretor de operações da URBS Imobiliária, Marcell Abranches, alega que descontos ou novo prazos ocorrem em locais que não podem abrir e está provado em documento para tentar acordo.
*Com informações do O Popular