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Plano Safra 2020/2021 prevê R$ 18 bilhões para Goiás

Wandel Seixas

“A agropecuária goiana tem garantido a comida na mesa e as condições de negociação no exterior para gerar renda para que possamos cuidar das vidas das pessoas, sobretudo no aspecto social."

A afirmação foi feita pelo governador Ronaldo Caiado, ontem, e traduz a importância do setor, que deve receber R$ 18 bilhões, em Goiás, disponibilizados em financiamentos aos produtores a partir de 1º de julho.

O anúncio dos recursos foi realizado na solenidade de lançamento do Plano Safra 2020/2021 em Goiás, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, que reuniu entidades representativas do setor, representantes de instituições financeiras e imprensa - seguindo as recomendações sanitárias.

A expectativa, segundo o governador, é de que o Plano Safra 2020/2021 injete R$ 18 bilhões na economia, contribuindo para que o Estado cresça a produção, que foi de 26,7 milhões de toneladas de grãos para a safra 2019/2020, segundo dados da Conab, gerando mais empregos e renda.

"Temos condições de fazer o Estado sair do terceiro lugar que alcançou na produção de grão deste ano, superando o Rio Grande do Sul, e migrar para o segundo lugar em breve. Isso é possível porque no passado enxergamos que era preciso lutar pelo setor rural. É o setor que antes era alvo de preconceito e hoje é orgulho para nosso Estado. É o setor que mais absorve tecnologia no País, altamente qualificado, tecnificado, com pesquisa e que gera empregos, mesmo na pandemia", destacou.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, aproveitou o momento para destacar os números do Estado. Além dos recordes na produção de grãos e de outras produções, enfatizou que só no primeiro trimestre o setor agropecuário empregou 307 mil pessoas, um aumento de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado, e que também foi o grande responsável por manter o crescimento do PIB goiano, que foi de 3,4% (aumento de 18% só no agro) e por 79% das exportações estaduais.

"Isso tudo mostra a pujança e a força do setor agropecuário que desenvolve a nossa economia. E o Plano Safra é uma importante política pública do País e que não é diferente aqui no Estado de Goiás. Ele promove ações que são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento econômico", analisou. De acordo com o secretário, para a safra 2019/2020 foram consumidos cerca de R$ 16 bilhões do Plano Safra e que esse aumento esperado para R$ 18 bilhões, na safra 2020/2021, deve fortalecer ainda mais os números apresentados pelo setor.

"Os recursos, aliados às políticas públicas do Governo de Goiás, orientadas pelo nosso governador Ronaldo Caiado, vão promover o desenvolvimento regional, crescer nossa economia e oportunizar mais empregos e mais opções para o Estado", completou.

Um dos exemplos destacados pelo secretário Antônio Carlos foi o da Agricultura Familiar, que representa 62,9% dos estabelecimentos rurais goianos. Segundo ele, Goiás já possui o maior ticket médio de captação por produtor no Plano Safra e que conseguiu aprovação de 15 mil projetos na última safra, graças ao trabalho de orientação da Emater. "

Antônio Carlos também destacou o aumento do crédito para o Programa de Seguro Rural, que para o Plano Nacional deve ter recursos de 1,3 bilhões, com maior orçamento para apólices, área e valor. "É uma garantia para o produtor para permitir seu planejamento, dando segurança diante dos riscos. Queremos que o produtor tenha segurança para produzir e crescer a nossa economia", destacou.

PÓS-PANDEMIA

O deputado federal José Mário Schreiner recordou que Ronaldo Caiado foi o único governador presente no lançamento nacional do Plano Safra 2020/2021, em Brasília.

O vice-governador Lincoln Tejota salientou que os prognósticos da economia no pós-pandemia devem apontar pelo crescimento de países como China e Índia, que vão demandar mais alimentos de nações como o Brasil.

Concordando com ele, o superintendente do Banco do Brasil, Felipe Zanella, acrescentou que os investimentos não têm como único propósito a ampliação do crédito, mas o aumento da produção de alimentos e a melhoria da qualidade de vida. Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Lissauer Vieira, completou que com esses resultados o Estado será um dos primeiros a superar o momento econômico difícil. "Goiás será um dos primeiros estados a sair da crise e isso se deve ao setor primário, que aliado à agroindústria, promoverá nossa economia."

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