O Ministério da Economia reconsiderou a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2020, que passou de R$ 2,35% para 4,10%. O indicador é usado para reajustar o valor do salário mínimo. Se o número se confirmar, o piso salarial passaria de R$ 1.045 para R$ 1.087,85 em 2021.
Em abril, o governo calculou no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que o piso salarial em 2021 seria de R$ 1.079, devido à projeção de 3,29% para o INPC à época. Esse projeto de lei serve como base para que o governo elabore a proposta orçamentária para o próximo ano.
Quando enviou a projeção do orçamento anual, em 31 de agosto, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), aconselhou um salário mínimo de R$ 1.067 em 2021, permitindo o piso nacional sem aumento real, pelo segundo ano consecutivo. O valor de R$ 1.067 considera uma alta de 2,09% do INPC.
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia revisou nesta terça-feira (17), os índices e, estimou um INPC de 42,85, em relação ao valor deste ano. Em setembro, a suposição da secretaria era um INPC de 2,35%.
Adicionamento real acabou no passado
De 2007 a 2019, a lei garantia que o salário mínimo tivesse aumento real, acima da inflação, sempre que houvesse crescimento econômico, dentro da política de valorização do salário mínimo dos planejamentos petistas.
Segundo o site Uol, essa fórmula de cálculo levava em conta a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, mais o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), de dois anos antes.