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Pandemia marca início da revolução no mercado digital

Desde a última década o mercado da moda já vem se reinventando e digitalizando com muita velocidade. Porém, com a chegada da pandemia essa digitalização disparou.

Anúncios de roupas e acessórios nas redes sociais e venda online já são considerados coisa do passado se não estiverem acompanhados de uma interface que traga experiência personalizada ao usuário.

No entanto, muito além disso, as marcas mais famosas do mundo da moda estão buscando mais tecnologia e sustentabilidade para não só a composição das peças, mas também para seu lançamento.

A famosa marca Hanifa foi a pioneira em lançar desfiles 3D. Em maio de 2020 a estilista congolense Anifa Mvuemba, dona da Hanifa, lançou uma coleção inteira em um desfile virtual.

No vídeo as peças desfilavam sozinhas e em cenários lúdicos criados inteiros em computação gráfica. Seguindo essa era digital do mercado da moda outras marcas como a Another Place também aderiram aos desfiles 3D. A Prada, marca famosa italiana investiu em lançar suas peças em imagens, artistas e animações GIFs.


E nessa corrida pela digitalização e inovação no mundo da moda o Brasil não ficou para trás, pois o e-commerce cresceu 69% em 2020, revela o índice MCC-ENET. Além disso, o setor de vestuário foi o que registrou a maior expansão, com 125% em comparação com abril de 2020.

Nunca antes no Brasil existiram tantos compradores virtuais ativos, de acordo com Resultados Digitais esses números chegaram a 20% de toda a população em 2020.

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Inteligência de mercado (IEMI), mostra alguns novos comportamentos que as consumidoras tendem a ter durante a pandemia, como: pesquisar nas redes sociais sobre as tendências de mercado antes de realizarem as compras, gostam de ter todas as informações sobre os produtos antes de comprar, diversidade na escolha das peças, influencers e redes sociais têm um peso importante sobre a decisão de compra das consumidoras.

Moda durante e pós-pandemia:

A pandemia não só alavancou a digitalização do mercado da moda, mas impactou muito a forma como ela é encarada pelas pessoas e principalmente pelas mulheres.

A pesquisa do IEMI mostrou várias mudanças e insights nos hábitos das consumidoras, como a porcentagem das mulheres que compram aquilo que lhes dá mais conforto e comodidade é de 15,06% maior que antes da pandemia, além de ter aumentado a frequência de compra de 5,2 para 5,5.

Pensando nisso lojistas virtuais do setor da moda investem em coleções e peças que remetam ao novo normal. Peças casuais e para celebrações intimistas, ou seja, confortáveis, singelas e refinadas.

O Jornal do Comércio divulgou o aumento de 276% de casamentos civis em comparação com antes da pandemia. E a Revista Veja publicou que vagas para regime de trabalho home office cresceram 300%. Baseados nesses dados, varejistas e-commerce do setor de moda e vestuário viram a oportunidade de se especializar em peças casuais para home office, vestido para casamento civil e roupas de dormitório.

Mesmo sem previsão sobre quando a pandemia irá embora, especialistas dizem que as pessoas preferem, mesmo depois de a pandemia acabar, celebrações menores principalmente em casamentos. Por isso, o vestido para casamento no civil está em alta nas buscas, sendo vestidos mais casuais e para celebrações com menos pessoas.

Assim, as empresas do setor de vestido de noiva simples para casamento no civil tanto de pequeno porte quanto de grande porte que observam o andar do mercado da moda buscam aprimorar as interfaces de seus mecanismos de venda e-commerce, seu atendimento e lançamentos de suas coleções e peças. Desse modo não ficam para trás na corrida pelo desenvolvimento e digitalização.

A pesquisa do IEMI concluiu que o setor de moda voltou a pulsar com força e é hora de remar vigorosamente para tentar surfar a onda da retomada e fazer de 2021 um grande ano.

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