A pergunta que não quer calar, afinal com a Media Provisória (MP) anunciada pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido) que permite aos postos de gasolina comprarem Etanol diretamente das usinas, o preço do combustível vai baixar nas bombas, e por fim chegar ao consumidor final?
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados do Petróleo do Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, informou que as principais mudanças estão justamente na questão dos postos poderem comprar diretamente das usinas ou de importadores, sem a necessidade de comprar de uma distribuidora.
Além dessa mudança que está prevista na MP, o presidente do Sindiposto destaca outra que diz respeito aos postos bandeirados que carregam o nome de uma distribuidora, ou seja, eles terão a liberdade para vender produtos de outras marcas, desde que a bomba indique de qual marca é o combustível.
O presidente do Sindiposto falou sobre a expectativa e o que o setor espera a partir da adoção dessa medida. "O que a gente espera com isso? Maior competitividade, maior oferta de produtos e uma maior opção de compras, além de acirrar a concorrência no atacado".
Presidente do Sindiposto acredita que medida vai permitir oferecer um preço mais acessível ao consumidor
Márcio Andrade lembra que embora seja permitida a compra direta dos postos de gasolina nas usinas, isso não vai fazer com que as distribuidoras de combustíveis deixem de existir. Segundo o presidente do Sindiposto, os donos de postos vão analisar uma série fatores para definir o que é mais viável.
"Uma série de fatores podem inviabilizar determinados postos de comprarem diretamente da usina como logística e escala. É mais uma opção, e a partir de agora vai ter uma concorrência entre as distribuidoras e as usinas. E isso faz com que a expectativa do governo e a nossa, é que haja mais oportunidades de compras e condições melhores, para que possamos oferecer um preço mais acessível ao consumidor", comenta.
Para o Sindicato mesmo sem ser implementada de forma imediata, a medida é vista de forma positiva, tanto para os postos de gasolina como para o consumidor, uma vez que haverá uma concorrência maior entre os fornecedores, com mais opções de produtos para oferecer.
Questionado sobre a questão do valor e qual a redução isso traria, Márcio Andrade foi sucinto ao alegar que é prematuro para dizer com seria essa redução no custo e se de fato ela ocorreria.
"Vai depender da regulamentação das normas que serão criadas, e do resultado dessa competição, caso ela venha realmente a existir, e se de fato for viável às usinas venderem diretamente para os postos. Pois ainda é muito prematura fazer uma previsão de quanto isso vai representar de diminuição no valor final. Eu chego a ver algumas possibilidade que talvez não haverá grandes alterações nos custos, mas essas previsões são muito prematuras. Então a gente primeiro precisa ver de forma concreta o ganho que se tem, para que o consumidor possa usufruir", completa.
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