Segundo o Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 havia 71.300 propriedades rurais com pecuária leiteira em Goiás. Hoje, a estimativa é que entre 55 mil e 60 mil ainda entreguem leite, segundo o diretor Executivo do Instituto para Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Edson Novaes.
Conforme o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária (Ifag) em 2020, a produção goiana representou 9% da produção total nacional. Este volume posicionou Goiás como o quinto colocado no ranking nacional. No entanto, o aumento dos custos de produção têm limitado os investimentos na atividade, o que preocupa os produtores.
“Já tive três funcionários e tirava 800 litros de leite por dia. Hoje trabalho sozinho e a produção caiu para 150 litros diários. Com a desvalorização do leite e alto custo dos insumos para a produção, muitos estão abandonando a atividade. Isso tem gerado desemprego na categoria e deixado de gerar renda nos comércios locais”, afirma produtor de leite de Aragoiânia, Antônio Teixeira da Silva.
O presidente da Comissão de Pecuária Leiteira da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), Vinícius Corrêa, afirma que com a baixa rentabilidade muitos produtores que precisam investir fazem as contas e percebem que terão mais retorno arrendando as terras, sem precisarem se endividar e até mesmo trabalhar.
Na última quarta-feira, 23, o deputado Amauri Ribeiro (Patriota) protocolou na Assembleia Legislativa o pedido de abertura da CPI do Leite, para investigar um suposto “cartel” de leite em Goiás. O parlamentar acusa a indústria de “manipular o preço” do produto. “Os laticínios se sentam em uma mesa redonda e ali decidem, os grandes laticínios, decidem o preço que vão pagar no nosso produto e o prejuízo que vão dar ao produtor de leite”, disse o deputado.
Com informações do Mais Interior
Leia também: