Economia

Armazéns de grãos no noroeste de SP enfrentam crise de escoamento

Redação DM

Publicado em 20 de abril de 2025 às 09:03 | Atualizado há 9 horas

Os armazéns de grãos no noroeste de São Paulo estão passando por uma fase preocupante. Apesar de uma capacidade significativa de armazenagem, muitos deles estão com espaço sobrando, refletindo uma mudança nas práticas agrícolas da região. Os produtores enfrentam dificuldades para escoar suas safras, especialmente devido a um clima severo que tem afetado a produção.

Desafios do escoamento

O escoamento de produtos como soja e milho, essenciais para a economia local, tornou-se um desafio. Rosicléia Fátima Christal, proprietária de um secador em José Bonifácio (SP), observa que apenas 77% da capacidade de 260 mil sacas está sendo utilizada. A baixa movimentação preocupa os trabalhadores rurais, que notam uma queda na produção em relação ao ano anterior.

Mudança de cultura

Um dos fatores que influenciam essa situação é a mudança na cultura de plantação. Muitos agricultores, como Andre Luis Seixas de Ipiguá (SP), estão abandonando culturas tradicionais de alta demanda hídrica, como a soja, em favor de plantações menos exigentes, como a cana-de-açúcar. Essa transição é diretamente influenciada pela irregularidade climática da região, que tem resultado em longos períodos de seca.

A transformação no cenário agrícola não apenas impacta o escoamento de grãos, mas também altera a dinâmica de trabalho rural, com muitos produtores optando por práticas que exigem menos mão de obra. A combinação desses fatores sugere que o futuro da agricultura na região pode ser radicalmente diferente do que se esperava, levantando questões sobre a sustentabilidade e a adaptação das práticas agrícolas às novas realidades climáticas.


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