Economia

Balança comercial registra primeiro superávit para janeiro em 5 anos

Diário da Manhã

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 01:35 | Atualizado há 9 anos

BRASÍLIA – A balança comercial brasileira apresentou em janeiro um saldo positivo (exportações menos importações) de US$ 923 milhões, o primeiro superávit para o mês em cinco anos. Em janeiro do ano passado, o resultado era deficitário em US$ 3,170 bilhões.

Os superávits observados nos últimos meses não são reflexo de um aumento nas exportações do país. O que tem se observado, na verdade, é uma queda mais acentuada nas importações, em razão da desvalorização do real frente ao dólar, do que o recuo observado nas vendas ao exterior. Em janeiro, por exemplo, as exportações caíram 13,8% na comparação com 2015, totalizando US$ 11,246 bilhões. Já as importações registraram uma queda de 35,8%, um total de US$ 10,323 bilhões.

EXPORTAÇÕES SOMARAM US$ 188,6 BILHÕES

No acumulado em 12 meses, o saldo comercial é superavitário em US$ 23,778 bilhões. Nesse período, as exportações somaram US$ 188,676 bilhões e as compras no exterior totalizaram US$ 164,898 bilhões.

No mês, as exportações tiveram queda na comparação com janeiro de 2015: as vendas de semimanufaturados caíram 21,3%, de itens básicos, 14,7% e de manufaturados, 8,3%. O ferro fundido foi o produto que mais apresentou recuo, 67%, totalizando US$ 39 milhões. Os semimanufaturados de aço e ferro tiveram queda nas vendas de 53,9%. As vendas de açúcar refinado, açúcar bruto e fumo em folha caíram 45,9%, 45,6% e 45%, respectivamente.

Por outro lado, houve um salto de 341,6% das exportações de soja em grãos. As vendas de automóveis também foram significativas: tiveram uma alta de 115,9% e passaram de US$ 6 milhões para US$ 96 milhões. As exportações de algodão em bruto, catodos de cobre e aviões também tiveram um forte incremento: de 74,8%, 45% e 49,9%, respectivamente.

VENDAS PARA OS EUA CAÍRAM 25%

Os principais compradores de produtos brasileiros são China, Hong Kong e Macau, que compraram o equivalente a US$ 1,579 bilhão em produtos. Em seguida estão Estados Unidos (US$ 1,407 bilhão) e Argentina (US$ 826 milhões). Apesar de os americanos representarem o segundo lugar entre os compradores, as vendas para esse país tiveram queda de 25%. Para o Oriente Médio, o recuo foi de 24,2% e para a Ásia a queda foi de 9,3%.

Em relação às importações, decresceram sobretudo as compras de lubrificantes (-60,6%), bens intermediários (-35,5%), bens de consumo (-28,8%) e bens de capital (-21,8%). Os principais fornecedores do país são China, Hong Kong e Macau (US$ 2,338 bilhões em janeiro) e Estados Unidos (US$ 1,641 bilhão). Para esses mercados, contudo, as compras também têm caído: 39,1% nas compras de produtos asiáticos e 32,3% nas de produtos americanos. A maior queda, contudo, é nas compras de América Central e Caribe, uma queda de 89,2%.

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