Deutsche Bank planeja reduzir equipe no Brasil pela metade

SÃO PAULO – O Deutsche Bank, banco alemão deixando a países latino-americanos como Argentina e México, planeja cortar pela metade sua equipe no Brasil, informaram fontes próximas ao assunto à Bloomberg. Ao menos quatro diretores e um vice-presidente foram dispensados na terça-feira, segundo dois informantes sob condição de anonimato sem autorização para falar publicamente do assunto. A instituição tem 334 empregados no Brasil.

O Deutsche Bank afirmou em outubro que planejava eliminar cerca de 26 mil postos de trabalho pelo mundo nos próximos dois anos como parte de uma reestruturação liderada pelo diretor executivo John Cryan para simplificar a organização e aprimorar os retornos. Além do México e da Argentina, o banco com sede em Frankfurt pretende suspender operações no Chile, Peru e Uruguai. Os cinco países têm o total de 269 empregados, de acordo com relatórios financeiros da empresa em 2014.

O banco vai manter o negócio de transações bancárias globais no Brasil, que inclui gerenciamento de dinheiro para clientes, serviços de seguro e financiamento de comércio, disse uma das fontes. Além disso, a administração de ativos domésticos e negócios finanças corporativas serão preservados, disse a fonte, acrescentando que as operações de comércio doméstico vão sair do Brasil para centros globais.

Marcelo Lara Nogueira e Jessica Praum, dois dos quatro diretores do Deutsche Bank no grupo de soluções e financiamento de dívida de mercados de capital, estão entre os que foram dispensados na terça-feira, disse uma das fontes. Os executivos não responderam a contatos da Bloomberg.

Ricardo Miguez, diretor de operações estruturadas de crédito; Augusto Faleiros, diretor de risco de mercado e Bruno Gebara, vice-presidente de operações de crédito, também foram mandados embora, segundo as fontes. Faleiros disse que não está autorizado a comentar e Minguez e Gebara não responderam.

O Deutsche Bank é o 18º maior banco do Brasil, com R$ 32,5 bilhões em ativos. Renee Calabro, assessora de imprensa para as Américas no banco, não se recusou a comentar o corte de funcionários.