Dólar inverte sinal e passa a cair; Bolsa abre em baixa
Diário da Manhã
Publicado em 27 de outubro de 2015 às 08:20 | Atualizado há 10 anosSÃO PAULO – O dólar comercial iniciou a sessão desta terça-feira em alta, pelo segundo dia consecutivo, mas inverteu o sinal depois de uma hora de negociação. Às 10h07, a moeda americana estava sendo vendida a R$ 3,914, uma desvalorização de 0,10%. Ontem, a divisa fechou cotada a R$ 3,9190, uma elevação de 0,69% em relação ao fechamento de sexta-feira. No cenário externo, os investidores estão de olho na reunião do Federal Reserva, o banco central americano. A reunião termina manhã.
“O mercado não acredita em alta de juros nessa reunião, embora trabalhe com cautela”, diz o analista Celson Plácido, da XP Investimentos, em relatório divulgado nesta manhã.
De acordo com o analista da XP, a queda do lucro de indústrias na China também preocupa, e causa impacto negativo nas bolsas europeias, que operam em baixa. Na China, o lucro das maiores empresas do setor industrial recuou 0,1% em setembro na comparação anual, menor do que a queda de 8,8% em agosto. Entre janeiro e setembro, o lucro do setor industrial chinês caiu 1,7% ante o mesmo período de 2014.
PEDALADAS NO RADAR DOS INVESTIDORES
No cenário interno, o mercado está na expectativa se o governo vai ou não contabilizar, no adendo ao projeto de revisão das metas, apenas o déficit fiscal estimado em R$ 50 bilhões ou se também vai acrescentar o passivo das chamadas pedaladas fiscais, que pode chegar a R$ 40 bilhões.
Na Bolsa, o Ibovespa, índice de referência do mercado de ações brasileiro iniciou as negociações em queda, refletindo a expectativa dos investidores com a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). ÀS 10h07, o Ibovespa estavam em baixa de 0,05% aos 47.187 pontos.
A expectativa da votação de medidas importantes para o ajuste fiscal no Congresso deixa o investidor ainda mais cauteloso. Em relatório, o operador de câmbio da Correparti Corretora, Guilherme França Esquelbek, observa que a situação no Congresso Nacional ainda causa apreensão.
“O plenário da Câmara retoma as sessões de votação e pode apreciar o projeto de lei que prevê a repatriação de recursos no exterior. A queda de braço do governo com o deputado Ricardo Barros, relator do Orçamento de 2016, também está em pauta”, diz Esquelbek.