
O dólar iniciou esta segunda-feira (27) em queda frente ao real, depois de abrir em alta, refletindo a resolução de um impasse comercial entre os Estados Unidos e a Colômbia ocorrido no fim de semana. A moeda americana era negociada a R$ 5,911 tanto para compra quanto para venda no mercado à vista às 10h19. Na B3, o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento operava em alta de 0,41%, cotado a R$ 5,941.
Na última sexta-feira (26), o dólar à vista encerrou em baixa de 0,12%, a R$ 5,9182, atingindo a menor cotação desde 27 de novembro de 2024. No acumulado da semana, a moeda recuou 2,42%.
O impasse entre os Estados Unidos e a Colômbia foi resolvido após a Colômbia concordar em aceitar aeronaves militares com imigrantes deportados. No entanto, a ameaça inicial do presidente americano Donald Trump de impor tarifas ao país gerou alerta nos mercados, reforçando a imprevisibilidade de sua política comercial. Esse cenário pressionou moedas emergentes como o peso mexicano e o rand sul-africano.
Adicionalmente, as tensões globais aumentaram após a startup chinesa DeepSeek lançar um assistente de inteligência artificial com menor custo operacional, incentivando investidores a buscar ativos mais seguros, como o iene japonês e o franco suíço, e abandonando moedas de maior risco.
No Brasil, a pesquisa Focus do Banco Central mostrou revisões para cima nas projeções da taxa Selic e da inflação. A estimativa para a Selic ao final de 2025 foi mantida em 15%, enquanto para 2026 a projeção subiu de 12,25% para 12,50%. Já as expectativas para o IPCA em 2025 subiram de 5,08% para 5,50%. A Selic atual está em 12,25%, com novos aumentos previstos para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).