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As empresas estatais federais encerraram 2024 com um déficit de R$ 6,7 bilhões, o maior dos últimos 15 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31). O resultado negativo impactou diretamente as contas públicas do país, que registraram um déficit primário de R$ 47,6 bilhões, equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Entre as 20 estatais analisadas, 11 apresentaram saldo negativo. Os Correios lideraram os prejuízos, seguidos pela Emgepron, que atua no setor naval, e pela Emgea, responsável pela gestão de ativos. O rombo financeiro dos Correios correspondeu a 50% do déficit total das estatais federais.
O cenário já vinha sendo apontado como crítico ao longo do ano. Em novembro de 2024, o déficit acumulado das estatais já superava R$ 6 bilhões, indicando um fechamento de ano com o pior resultado em mais de uma década.
Impacto econômico e medidas do governo
O déficit das estatais federais reforça a preocupação com a gestão financeira dessas empresas e seus impactos nas contas públicas. O governo busca alternativas para reverter o quadro, analisando medidas de reestruturação e possíveis ajustes na administração das estatais deficitárias.
Especialistas alertam que, caso o cenário não seja controlado, o prejuízo pode afetar ainda mais a sustentabilidade fiscal do país, aumentando o endividamento público e limitando a capacidade de investimentos em setores estratégicos.
Com a divulgação desses números, o governo federal deverá intensificar esforços para equilibrar as contas das estatais e evitar um novo ciclo de déficits elevados nos próximos anos.
