Economia

Expectativas do mercado financeiro sobre inflação caem para 5,57%

Redação DM

Publicado em 22 de abril de 2025 às 10:16 | Atualizado há 1 hora

O mercado financeiro apresentou uma leve queda nas expectativas para a inflação brasileira, com a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passando de 5,65% para 5,57% para este ano. Essa informação foi divulgada no último Boletim Focus, um relatório semanal do Banco Central que reúne as expectativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.

Previsões futuras

Embora a expectativa para 2025 siga acima do teto da meta de inflação, que é de 4,5%, as previsões para os anos seguintes foram mantidas. Para 2026, a inflação deve se estabilizar em 4,5%, enquanto que para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente. Isso indica um potencial arrefecimento na pressão inflacionária nos próximos anos.

Impacto dos juros

Para conter a inflação, o Banco Central tem utilizado a taxa Selic como principal ferramenta de política monetária, atualmente fixada em 14,25% ao ano. O último aumento de um ponto percentual ocorreu em março, como parte de um ciclo de alta que já soma cinco elevações consecutivas. Especialistas alertam que, apesar do aumento nos juros, a inflação ainda é uma preocupação, especialmente no setor de serviços, que continua a mostrar sinais de pressão.

Além disso, com a Selic elevada, o acesso ao crédito se torna mais oneroso, o que pode impactar negativamente o crescimento econômico. No entanto, as instituições financeiras aumentaram suas projeções de crescimento do PIB para 2% neste ano, apontando um otimismo cauteloso em relação à recuperação econômica.

A cotação do dólar também é uma preocupação, com as estimativas apontando para R$ 5,90 ao final do ano. A volatilidade no câmbio pode influenciar diretamente os preços internos, destacando a interconexão entre a política monetária e o mercado cambial.

Em suma, enquanto o mercado observa uma leve melhora nas previsões de inflação, o equilíbrio entre taxa de juros e crescimento econômico continua a ser um dos maiores desafios para o Brasil nos próximos anos.


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