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FMI aumenta projeção do PIB do Brasil para 3% em 2024

Para Haddad a economia está demonstrando um crescimento sustentável, independentemente dos estímulos fiscais

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua previsão de crescimento da economia brasileira, passando de 2,1% para 3% para o ano de 2024. Essa atualização reflete resultados mais positivos do que o esperado no primeiro semestre, um mercado de trabalho robusto, inflação sob controle e aumento da renda da população. Apesar do otimismo para este ano, o FMI alerta para uma desaceleração em 2025, prevendo um crescimento de apenas 2,2%, abaixo da expectativa anterior de 2,4%.

As estimativas do FMI para 2024, embora otimistas, ficam aquém das projeções do governo brasileiro, que prevê um crescimento de 3,2%. Durante a reunião anual do FMI em Washington, a entidade ressaltou que o impacto das recentes enchentes no Rio Grande do Sul foi menor do que o esperado, contribuindo para a melhoria nas previsões.

André Roncaglia, diretor-executivo do Brasil no FMI, destacou que este é o maior ajuste de previsão de crescimento realizado pelo fundo desde que começou a acompanhar o Brasil. Ele atribuiu essa revisão positiva a diversas políticas econômicas implementadas pelo governo, incluindo investimentos e gastos direcionados à recuperação de regiões afetadas por desastres naturais, além de melhorias na reforma tributária e no ambiente de negócios.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participa da reunião em Washington, enfatizou que o FMI revisou também o PIB potencial do Brasil, que agora é estimado em 2,5%. Ele observou que a economia está demonstrando um crescimento sustentável, independentemente dos estímulos fiscais, que foram reduzidos em comparação com o ano anterior.

Haddad também ressaltou que o déficit fiscal de 2023, em parte devido a dívidas herdadas de administrações passadas, é três vezes maior do que o programado para este ano, evidenciando que a economia ainda assim está crescendo.

Sobre a colaboração internacional, Haddad mencionou a importância de discussões sobre questões climáticas e o potencial mineral da América do Sul, ressaltando que a parceria com os Estados Unidos em questões ecológicas é fundamental para o futuro do Brasil.

Com o PIB brasileiro crescendo acima da média, a expectativa é que o governo busque uma recomposição da base fiscal, que foi fortemente afetada nos últimos anos, ao mesmo tempo em que pretende controlar as despesas em relação ao PIB, visando garantir um crescimento contínuo e sustentável.

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