Grupo Pearson anuncia corte de 4 mil vagas de emprego
Diário da Manhã
Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 06:40 | Atualizado há 9 anosNOVA YORK – O grupo editorial britânico Pearson anunciou nesta quinta-feira que vai eliminar 4 mil vagas de emprego como parte de um plano de reestruturação para mudar seu foco para seu negócio de educação. A empresa apontou o lucro mais fraco diante da redução do ritmo de matrículas em universidades como um dos motivos, o que indica queda na demanda por materiais educacionais, que respondem pela maior parte das vendas do grupo. A companhia também indicou queda nas inscrições em universidades em outros grandes mercados, como a Inglaterra e a África do Sul.
— Nosso desempenho competitivo durante os últimos três anos tem sido forte, mas os desafios cíclicos em nossos maiores mercados foram mais nítidos e persistiram mais do que esperávamos — declarou John Fallon, CEO do grupo editorial. — Frente aos desafios, hoje estamos anunciando planos decisivos para integrar futuramente o negócio e reduzir a base de custo, racionalizar nosso desenvolvimento de produto e focar em menos e maiores oportunidades.
A companhia afirmou que espera que o corte de funcionários, que representa cerca de 10% da força de trabalho global, seja implementado integralmente até o fim do ano. O Pearson também reduziu as projeções de lucro operacional para 2015 para 720 milhões de libras (US$ 1,023 bilhão). Para este ano, o lucro deve cair para 580 milhões de libras (US$ 820 milhões) de 620 milhões de libras (US$ 880 milhões), excluindo os custos do plano de reestruturação, informou o grupo.
O grupo britânico deve absorver cerca de 320 milhões de libras (US$ 455 milhões) este ano em custos ligados à reestruturação, que vai incluir a combinação das atividades educacionais na América do Norte e os esforços de consolidar setores administrativos como finanças, recursos humanos e tecnologia da informação. Tais medidas devem economizar cerca de 350 milhões de libras (US$ 497 milhões) até 2017, segundo a empresa.
VENDA DE ATIVOS
Sob a gestão de Fallon, o grupo agiu rápido para se desfazer de ativos de alto nível de publicação jornalística a fim de reinvestir o lucro no setor de educação. Em julho, o Pearson fechou acordo para vender o “Financial Times” à companhia japonesa Nikkei por US$ 1,3 bilhão, seguida da venda da participação de 50% na revista “The Economist”.
Eventualmente, o Pearson deve se desfazer dos 47% que detém na editora Penguin Random House, apesar de Fallon indicar que isso não acontecerá até 2017. Segundo acordo em 2012 com o grupo de mídia alemão Bertelsmann, dono de 53% da Penguin, o Pearson tem o direito de vender a participação já este ano.