O fenômeno El Niño está no seu pico. Com isso, as temperaturas devem ficar ainda mais extremas. E, segundo a Administração Norte Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA), ele deve continuar influenciando o clima pelo menos até meados de abril de 2024.
“Esse fenômeno climático é uma das principais preocupações dos agricultores, pois altera as janelas de semeadura no Cerrado, causando atrasos nos plantios devido ao menor índice de precipitações nessas regiões. Já na região sul, o fenômeno é caracterizado pelo aumento das chuvas. Tal cenário é ideal para o aumento da presença de pragas e doenças na agricultura”, alerta Paulo Laurente, Head de Marketing da Orígeo.
Relatório do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) mostra que a ocorrência de pragas cresceu 20% no primeiro semestre de 2023. Na soja, foi registrado aumento de 6% e no milho, 10%. O fluxo irregular de chuvas e as temperaturas extremas estão entre os principais motivos para esse aumento.
Os insetos mosca-branca e percevejo-marrom – Bemisia tabaci e Euschistus Heros, respectivamente – são as pragas que mais afetam o cultivo de soja. “Esses estão sendo favorecidos pelas altas temperaturas e clima seco que está ocorrendo no Cerrado. Enquanto o percevejo se alimenta das vagens da soja, infectando as plantas, a mosca-branca suga a seiva das folhas, o que as enfraquece e prejudica o seu crescimento. Ambas as pragas diminuem significativamente o potencial produtivo do cultivo, com perdas de 30% a 50%”, ressalta Paulo.
“El Niño ainda intensifica outro problema: o aumento de incidência de doenças, que já é realidade em determinados estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Devido ao excesso de chuvas, o clima ficou extremamente favorável para o desenvolvimento desses inimigos, principalmente a ferrugem asiática, fungo biotrófico, que está caminhando rapidamente para as demais regiões produtoras, como Mato Grosso do Sul e Sudoeste Goiano, segundo o consórcio Antiferrugem da Embrapa.
Prejuízos
Assim, no Cerrado, sobretudo nas áreas onde a semeadura se estendeu devido ao atraso e à falta de chuvas, a tendência é ter significativos prejuízos fitossanitários na safra 2023/2024”, acrescenta Paulo Laurente.
A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachirhizi, é a doença mais severa enfrentada pela soja. De acordo com a Embrapa, ela pode causar perdas de até 90% se não controlada com eficácia. As condições climáticas são determinantes para a incidência da doença e favorecem o seu desenvolvimento.
Para o controle das pragas, o manejo integrado de pragas é a estratégia mais eficaz. “O MIP combina tecnologias e a utilização de táticas mais sustentáveis, que visam o monitoramento das pragas e o aumento da produtividade, além de reduzir os custos com defensivos agrícolas.
Em relação às doenças, é crucial a utilização de defensivos agrícolas devidamente registrados para a cultura, respeitando o número máximo de aplicações durante o ciclo como também os intervalos de aplicação.
A utilização de fungicidas multi sítios traz maior segurança e efetividade no manejo. Nós, da Orígeo, oferecemos soluções ideais para aplicação dessas estratégias, que também levam em consideração o meio ambiente e o manejo do agricultor. Com isso, cumprimos nossa função de contribuir para o sucesso produtivo da agricultura de maneira sustentável”, finaliza Paulo Laurente.