Economia

Testamos o Honda WR-V. Veja se vale a pena ter um

Júlio Nasser

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 10:09 | Atualizado há 4 meses

Norton Luiz
Editor de Veículos

Ele é tratado como um utilitário esportivo compacto, mas o perfil é mesmo de um crossover. O Honda WR-V traz essas características, principalmente na altura do solo, na posição elevada de dirigir e no destaque da grade frontal. Ser um SUV ou um crossover não tem muita importância quando o resultado final é um modelo de design bonito, robusto, confortável, espaçoso interiormente e de excelente acústica. Até porque as duas características estão se fundindo cada vez mais, com os veículos utilitários esportivos ganhando estilo crossover.

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O jeito crossover do compacto da Honda se confirma com a sigla WR-V (Winsome Runabout Vehicle), que o define como um veículo alegre e recreacional. Contudo, o Inmetro classifica o WR-V como um utilitário esportivo. Os japoneses também não gostam de ouvir que o compacto é um crossover. O WR-V  oferece um conjunto mecânico eficiente. O motor 1.5 16V, associado ao câmbio CVT de seis marchas, se comporta bem e é relativamente  econômico. Ele dá respostas precisas e se mostra com bastante fôlego com seus 116 cavalos de potência, abastecido com etanol (com gasolina, o propulsor rende 115 cv)

Testamos a versão ELX (o modelo é vendido também na versão EX) durante uma semana e trazemos algumas impressões do modelo projetado pela Honda e que é fabricado sob a plataforma do Fit para ocupar um espaço no mercado  entre este, na versão mais cara,  e o HR-V. O WR-V foi projetado pela engenharia brasileira da Honda, com perfil voltado para o mercado e para corresponder às  condições das ruas e rodovias do País, reconhecidamente muito ruins e que exigem veículos resistentes para transitar sem tantos problemas.

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O WR-V recebeu detalhes que deixaram o modelo com uma aparência forte, como as molduras nas caixas de rodas e soleira, somados à altura de rodagem de 20,7 centímetros. (essa altura do solo facilita a transposição de obstáculos). Por sua vez, a traseira recebeu lanternas de tamanho generoso indo até a tampa do porta-malas, assim como é no CR-V. Estas foram desenvolvidas de forma harmoniosa com a carroceria, evitando uma desproporcionalidade ao conjunto. A ampla área envidraçada e o capô rebaixado contribuem para a excelente visibilidade do condutor.

Além a grade dianteira com forte aparência e exclusiva, o modelo compacto da Honda recebeu faróis maiores, com leds, novos para-choques e capô mais encorpado. Por dentro, o revestimento bicolor nas portas e bancos (preto e laranja se a cor externa for vermelha, preto e prata nas demais opções)  garante mais sofisticação ao carro.

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O WR-V não oferece bloqueio eletrônico do diferencial para tração em pisos de pouca aderência, quando outros modelos similiares, como a linha Adventure da Fiat, nem mesmo oferece controles eletrônicos de estabilidade, ar-condicionado digital, comando um-toque para os vidros elétricos, sensor de estacionamento traseiro e do acesso ao carro e partida sem chave.  Além disso, a utilização pneus verdes,  aro 16, são não oferecem resistência à rolagem, no sendo ideais, no caso, para ao uso misto. Talvez, o fabricante optasse por priorizar o consumo de combustível. Afinal, a pouca aderência dos pneus verdes ajudam o meio ambiente e a economizar combustível.

A suspensão merece uma observação pela eficiência. Bem calibrada, ela resiste aos buracos e imperfeições da asfalto e estrada de chão  sem tantos saculejos.  O WR-V pesa 1.130 kg , ou seja, 29 kg a mais do que seu irmão mais novo, o Fit EXL. No quesito consumo, conforme o  Inmetro, o WR-V faz   8,2 km/l na cidade, e 8,7 km/l na estrada, com etanol, e 11,7 km/l e 12,4 km/l com gasolina, respectivamente. Por ser mais pesado, o WR-V obviamente tem um consumo acima do aferido ao Fit. Este obteve 8,3 km/l consumo urbano e 9,9 km/l no rodoviário, com etanol, e de  12,3 km/l e 14,1 km/l com gasolina, respectivamente.

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O WR-V A traz central de 7 polegadas sensível ao toque, com câmera, GPS embutido e entradas auxiliares, SD e USB e um sistema de som com quatro alto-falantes e dois tweeters que oferece excelente qualidade de reprodução. O crossover  da Honda vem equipado com ar-condicionado manual, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos, central multimídia de cinco polegadas (sem tela sensível ao toque), volante revestido de couro, controle de cruzeiro, rodas aro 16, apliques em black piano e faróis com luzes de rodagem diurna, além de isofix e airbags dianteiros e laterais dianteiros.

A versão  EXL testada acrescenta airbags de cortina e central de sete polegadas. Se você quer o carro com bancos de couro, esquece. Não tem essa opção disponível. As cores ofertadas são  vermelho, branco e preto (perolizados), cinza e prata (metálicos)) e o branco (sólido), contando que o WR-V vermelho é vendido com interior  com revestimento em preto e laranja,típica dos aventureiros.  Nas demais, o interior tem revestimento em tecido preto e prata nos bancos e painéis das portas.

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Um porta-copo para o motorista, à frente da saída de ar esquerda, foi uma excelente sacada. O porta-malas leva 363 litros, mas pode ser ampliado graças ao banco traseiro bipartido.  Concorrente do Chevrolet Onix Active, do Hyundai HB20X e do Renault Stepway, o WR-V custa  R$ 79.400 na versão de entrada EX e R$ 83.400 na ELX. Custa mais caro dos que os adversários, mas vale a compra pelo conjunto moderno e diferenciado, mesmo que peque pela ausência de equipamentos de segurança importantes.

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